Estados Unidos vão aumentar o número de voos para Cuba

Os turistas americanos ainda não podem comprar bilhetes, apenas vão aumentar as viagens autorizadas. Há negociações para que a Cubana possa também voar para os EUA.

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No último ano o número de americanos a viajar para cuba aumentou 50% AFP

O Departamento de Estado anunciou esta quinta-feira o restabelecimento das ligações aéreas regulares com Cuba. É mais um passo no processo, histórico, de reaproximação entre os dois países vizinhos que cortaram relações depois da revolução cubana, em 1959.

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O Departamento de Estado anunciou esta quinta-feira o restabelecimento das ligações aéreas regulares com Cuba. É mais um passo no processo, histórico, de reaproximação entre os dois países vizinhos que cortaram relações depois da revolução cubana, em 1959.

Num comunicado citado pela AFP, o Departamento de Estado esclarece que "a lei americana continua a interditar as viagens para Cuba para actividades turisticas". O que na quarta-feira à noite os negociadores dos dois países decidiram foi alargar o número de viagens autorizadas, ou seja daqueles que tenham família na ilha e dos que querem fazer a viagem por motivos religiosos, educacionais e comerciais. Este alargamento, diz o Departamento de Estado, também vai permitir aumentar "o contacto entre indivíduos" dos dois países.

Ou seja, não significa que os americanos possam começar, desde já, a marcar viagens para Cuba. Para já, vão ser adoptadas as medidas necessárias - de segurança e outras - para que ocorra um maior fluxo de voos, dentro de um prazo entre três e seis meses.

Entretanto, as viagens entre os dois países continuarão a ser feitas através do sistema de charters. Várias companhias já disseram estar interessadas na rota para Cuba - a United quer abrir uma rota entre Newark (Nova Iorque) e Havana, passando por Houston; a American Airlines diz ir apostar numa rota a partir de Miami.

Um acordo destes implicaria reciprocidade, ou seja que aviões da Cubana, a companhia estatal, pudessem voar para destinos nos EUA. Essa parte do acordo não está ainda totalmente assente e é matéria de mais negociações. Uma vez que há um processo em curso nos EUA contra Cuba, os aparelhos da Cubana que pousassem em solo americano seriam, actualmente, confiscados.