Lesados do BES criam movimento para retirar dinheiro do Novo Banco

Banco que nasceu do BES “não deve continuar a operar”, defende o movimento dos lesados.

Foto
Levantamento da suspensão de negociação das obrigações do Novo Banco sem efeitos práticos para os investidores. Rita França

O presidente da Associação dos Indignados e Enganados do Papel Comercial (AIEPC) anunciou hoje que acaba de ser criado um movimento de cidadãos para retirar "todo o capital existente" no Novo Banco.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O presidente da Associação dos Indignados e Enganados do Papel Comercial (AIEPC) anunciou hoje que acaba de ser criado um movimento de cidadãos para retirar "todo o capital existente" no Novo Banco.

Ricardo Ângelo, em declarações à Lusa, explicou que neste momento o movimento está a captar a atenção de associados, familiares, empresas "e todos os conhecidos" que sejam clientes do Novo Banco para que estes retirem todo o dinheiro que têm depositado na instituição.

"Um banco que não cumpre com a sua palavra, e que ainda por cima é tutelado por uma entidade do Estado, não deve continuar a operar", disse Ricardo Ângelo.

O presidente da AIEPC ressalvou que, neste momento, estão apenas a ser feitos contactos, uma vez que os lesados ainda têm esperança de que o banco lhes resolva o problema e lhes devolva o dinheiro.

Algumas dezenas de lesados do BES estão a manifestar-se hoje em frente à sede do Novo Banco, em Lisboa, no meio de um grande aparato policial, para exigir o reembolso do dinheiro que investiram em empresas do GES.

No local estão uma dezena de carrinhas da polícia, vários elementos da polícia de intervenção e um gradeamento que circunda toda a sede do Novo Banco, não deixando os lesados aproximarem-se das instalações. Uma das faixas da Avenida da Liberdade está cortada ao trânsito, assim como a rua Barata Salgueiro.