A Coreia do Norte está pronta para a guerra, diz Kim num raro discurso

Na parada militar no centro de Pyongyang foi mostrado o “armamento revolucionário” do país.

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O Governo anunciara que, para celebrar os 70 anos do partido único, mostraria na praça principal da capital as armas de última geração que possui, e a que o líder, Kim Jong-un, chamou de “armamento revolucionário”. “O armamento revolucionário do partido prova que estamos prontos para lutar em qualquer tipo de guerra vinda dos imperialistas Estados Unidos”.

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O Governo anunciara que, para celebrar os 70 anos do partido único, mostraria na praça principal da capital as armas de última geração que possui, e a que o líder, Kim Jong-un, chamou de “armamento revolucionário”. “O armamento revolucionário do partido prova que estamos prontos para lutar em qualquer tipo de guerra vinda dos imperialistas Estados Unidos”.

Os discursos de Kim Jong-un são raros. “Um espírito de ferro e as forças unidas do nosso Exército e povo motivam-nos para ultrapassar as sanções e o isolamento imperialista, e provocam nos inimigos medo e ansiedade extremos”, disse também perante milhares de pessoas.

Antes desta festa, Kim Jong-un prestou homenagem ao fundador da Coreia do Norte, Kim Il-sung, o avô, e ao pai, Kim Jong-il.

Em 2012, foi através da visualização e análise a imagens de uma parada militar que os especialistas em armamento sugeriram que os mísseis balísticos intercontinentais mostrados poderiam ser falsos. Porém, a Coreia do Norte realizou, depois, uma série de ensaios com mísseis balísticos de longo alcance — que anunciou terem sido bem sucedidos —, aumentando a preocupação internacional com o programa de desenvolvimento de armas, sobretudo nucleares, por parte do Governo de Pyongyang.

E em Março deste ano, numa também rara entrevista de um responsável norte-coreano a um meio de comunicação ocidental, a Sky News, o embaixador do país em Londres disse que o seu país tem armas nucleares e está pronto a usá-las. “Estamos preparados. Por isso digo que se surgir uma faísca sobre a península coreana, começaremos a guerra nuclear. E nós não falamos só por falar. Fazemos o que dizemos. Os Estados Unidos não têm o monopólio dos ataques com armas nucleares”, advertiu.