Homem que sequestrou três pessoas em Lagos fica em prisão preventiva

Medida de coacção aplicada após primeiro interrogatório judicial no tribunal de Portimão.

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O Ministério da Justiça pretende extinguir tribunais em 57 municípios Daniel Rocha

De acordo com a oficial de relações públicas do comando da PSP de Faro, a subcomissária Maria do Céu Viola, o homem foi ouvido durante a manhã desta quinta-feira e em primeiro interrogatório judicial no tribunal de Portimão, "tendo-lhe sido aplicada a prisão preventiva como medida de coacção".

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De acordo com a oficial de relações públicas do comando da PSP de Faro, a subcomissária Maria do Céu Viola, o homem foi ouvido durante a manhã desta quinta-feira e em primeiro interrogatório judicial no tribunal de Portimão, "tendo-lhe sido aplicada a prisão preventiva como medida de coacção".

O homem, desempregado, de 40 anos, armado com uma caçadeira de canos serrados, uma pistola de calibre 7.65 milímetros e um punhal de mato, barricou-se na passada segunda-feira, pelas 9h15, nas instalações da CPCJ, onde manteve três pessoas reféns durante cerca de oito horas, e acabou por se entregar às autoridades por volta das 18h.

Os primeiros elementos da esquadra da PSP de Lagos que acorreram ao local foram recebidos a tiro, tendo o disparo de caçadeira sido efectuado através do vidro, ferindo ligeiramente um polícia na cabeça. Os reféns, uma psicóloga e um professor, ambos funcionários da CPCJ, e um militar da Guarda Nacional Republicana saíram ilesos, desconhecendo o sequestrador a presença do militar, uma vez que este se encontrava à civil.

Ao longo do sequestro, o homem exigiu falar com os filhos menores, que lhe tinham sido retirados, no âmbito de um processo de violência doméstica e que estão inseridos no programa de protecção à vítima. As negociações da polícia duraram oito horas, "com muitos avanços e recuos, mas acabou por não ser necessária a utilização da força", referiu na altura o comandante distrital da PSP de Faro, o superintendente Viola da Silva, que comandou a operação policial.

Além das armas municiadas, o sequestrador tinha alegadamente na sua posse 29 cartuchos de calibre 12 (caçadeira) e 24 munições de 7.65 milímetros.