É tudo plano, mesmo quando se sobe

Meia-dúzia de graçolas sobre as maleitas da idade não são capazes de trazer qualquer densidade às personagens deste old buddy movie.

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É uma espécie de old buddy movie, com duas personagens que são o oposto uma da outra: Redford é o homem responsável de vida estável, Nick Nolte o estraga-albardas que nunca assentou e foi sempre um adolescente em ponto grande. Que faz Ken Kwapis com este material promissor constituído por dois actores septuagenários e carismáticos e a paisagem natural dos Apalaches? Nada, absolutamente nada. Nada que tenha sabor ou cheiro, pelo menos.

Meia-dúzia de graçolas sobre as maleitas da idade, que não são capazes de trazer qualquer densidade às personagens – e em que terreno tão hawksiano estávamos, neste universo de camaradagem masculina com paisagem “de fronteira” ao fundo. Mas é tudo – personagens e paisagem – filmado com enervante indiferença, por aqui ou por ali tanto faz, e o filme só arranca fugazmente quando aparece uma figura excêntrica (Kristen Schaal), uma “chata” que cantarola insistentemente uma cantiga dos Daft Punk e de quem os dois amigos acabam por se ver livres. Fazem mal, e o filme também – daí para a frente é tudo plano, mesmo quando vão a subir.

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É uma espécie de old buddy movie, com duas personagens que são o oposto uma da outra: Redford é o homem responsável de vida estável, Nick Nolte o estraga-albardas que nunca assentou e foi sempre um adolescente em ponto grande. Que faz Ken Kwapis com este material promissor constituído por dois actores septuagenários e carismáticos e a paisagem natural dos Apalaches? Nada, absolutamente nada. Nada que tenha sabor ou cheiro, pelo menos.

Meia-dúzia de graçolas sobre as maleitas da idade, que não são capazes de trazer qualquer densidade às personagens – e em que terreno tão hawksiano estávamos, neste universo de camaradagem masculina com paisagem “de fronteira” ao fundo. Mas é tudo – personagens e paisagem – filmado com enervante indiferença, por aqui ou por ali tanto faz, e o filme só arranca fugazmente quando aparece uma figura excêntrica (Kristen Schaal), uma “chata” que cantarola insistentemente uma cantiga dos Daft Punk e de quem os dois amigos acabam por se ver livres. Fazem mal, e o filme também – daí para a frente é tudo plano, mesmo quando vão a subir.