Viva Manchester!

O álbum novo, Music Complete, é tão bom como qualquer dos outros álbuns dos New Order.

O álbum novo, Music Complete, sem Pete Hook mas com o regresso de Gillian Gilbert, é, surpreendentemente, depois de tanto tempo e de tantas peripécias, tão bom como qualquer dos outros álbuns dos New Order.

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O álbum novo, Music Complete, sem Pete Hook mas com o regresso de Gillian Gilbert, é, surpreendentemente, depois de tanto tempo e de tantas peripécias, tão bom como qualquer dos outros álbuns dos New Order.

Li a autobiografia de Bernard Sumner, Chapter and Verse, em que se percebe que, vistos de dentro, tanto os Joy Division como os New Order são bandas de pessoas normais com talentos extraordinários. Ao falar da maneira como Martin Hannett transformou a música dos Joy Division em Unknown Pleasures Sumner sugere uma comparação iluminadora: ouvir o Transmission oficial, filtrado por Hannett (soberbo) e o Transmission dos Joy Division ao vivo nos Bains Douches (sublime). Também concordo com Sumner que Hannett levou Atmosphere para onde os Joy Division não teriam ido sozinhos.

Para a alegria ser completa há uma longa, íntima e hilariante entrevista aos New Order feita pelo produtor e amigo Arthur Baker, em que o álbum novo é discutido faixa a faixa. Está no YouTube com o título "In conversation: New Order, Full Show".

O primeiro episódio de Music For Misfits: The Story of Indie (BBC 4) conta a história dos Joy Division e da Factory com um rigor nunca dantes visto. Mark Hadfield conseguiu falar com (quase) toda a gente que estava lá. A participação fulcral é a do artista gráfico Peter Saville. 

Depois voltei a ouvir os Joy Division e esqueci-me dos New Order.