Activistas angolanos detidos iniciaram greve de fome

Grupo Liberdade para os Presos Políticos em Angola denunciou que são quatro os jovens que iniciaram o protesto à meia-noite de dia 21. O site Rede Angola fala em oito.

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Cartaz do grupo Liberdade para os Presos Políticos em Angola DR

O grupo informou que quatro dos detidos – Domingos da Cruz, Inocêncio de Brito, Luaty Beirão e Sedrik de Carvalho, detidos no estabelecimento prisional de Calomboloca – entraram em greve de fome à meia-noite de dia 21 de Setembro.  O site informativo Rede Angola noticiou que são oito os que iniciaram o protesto e acrescenta os nomes de Hitler Jessia Chiconda ‘Samussuku’, Arante Kivuvu Lopes, Afonso Matias ‘Mbanza-Hamza’ e Benedito Jeremias, que estão na cadeia de São Paulo.

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O grupo informou que quatro dos detidos – Domingos da Cruz, Inocêncio de Brito, Luaty Beirão e Sedrik de Carvalho, detidos no estabelecimento prisional de Calomboloca – entraram em greve de fome à meia-noite de dia 21 de Setembro.  O site informativo Rede Angola noticiou que são oito os que iniciaram o protesto e acrescenta os nomes de Hitler Jessia Chiconda ‘Samussuku’, Arante Kivuvu Lopes, Afonso Matias ‘Mbanza-Hamza’ e Benedito Jeremias, que estão na cadeia de São Paulo.

“Pessoas detidas por tentativa de golpe de Estado são, naturalmente, presos políticos”, considera o grupo Liberdade para os Presos Políticos.

Os jovens detidos – primeiro 15, mais tarde outro – estariam a organizar uma manifestação pacífica a favor dos direitos humanos quando foram detidos. Alegam que se encontravam regularmente para discutir formas de participação cívica e política. Foram detidos pela Direcção Nacional de Investigação Criminal e pela Polícia Nacional, que apreendeu material informático, fotográfico e outro equipamento.

Alguns dos detidos, caso do músico Luaty Beirão, tornaram-se conhecidos nos últimos anos por fazerem parte do chamado Movimento Revolucionário, que tem organizado vários protestos contra o Governo angolano.

Uma das acções de solidariedade já realizadas com os detidos angolanos foi o vídeo Liberdade Já, divulgado na página do Facebook "Liberdade para os presos poliíticos em Angola" e no Youtube. Nele mais de duas dezenas de músicos, actores, artistas plásticos, produtores culturais, activistas  jornalista ou intelectuais dão a cara pela liberdade dos activistas. O Parlamento também já pediu a libertação desses e de outros detidos em Angola.

Em Lisboa realizaram-se já acções de rua e uma conversa aberta organizada pela Amnistia Internacional.