Com Tim Hecker, Powell e Luke Abbott, vem aí o maior Semibreve de sempre

Quinta edição do festival decorre entre 30 de Outubro e 1 de Novembro em Braga.

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Não sendo propriamente uma novidade nos palcos portugueses, Tim Hecker é um nome de topo no actual espaço da electrónica com predisposição exploratória, circulando com absoluto espanto por sonoridades ambientais, e encabeçando uma abordagem à maquinaria que o coloca entre nomes fundamentais da música contemporânea mais ou menos alinhados com a facção dita erudita. Sobre Powell, diz ao Ípsilon Luís Fernandes, músico e director artístico do Semibreve, “ouviremos falar muito nos próximos anos”. A sua recente passagem pelo festival Berlin Atonal valeu-lhe do inglês The Guardian o augúrio de que poderá estar a caminho de se tornar uma estrela da electrónica a curto prazo. Quanto a Luke Abbott, acrescenta Fernandes, “é um dos mais interessantes nomes da border community, cruzando linguagens altamente cuidadas em termos musicais a uma orientação quase lúdica para a pista de dança”.

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Não sendo propriamente uma novidade nos palcos portugueses, Tim Hecker é um nome de topo no actual espaço da electrónica com predisposição exploratória, circulando com absoluto espanto por sonoridades ambientais, e encabeçando uma abordagem à maquinaria que o coloca entre nomes fundamentais da música contemporânea mais ou menos alinhados com a facção dita erudita. Sobre Powell, diz ao Ípsilon Luís Fernandes, músico e director artístico do Semibreve, “ouviremos falar muito nos próximos anos”. A sua recente passagem pelo festival Berlin Atonal valeu-lhe do inglês The Guardian o augúrio de que poderá estar a caminho de se tornar uma estrela da electrónica a curto prazo. Quanto a Luke Abbott, acrescenta Fernandes, “é um dos mais interessantes nomes da border community, cruzando linguagens altamente cuidadas em termos musicais a uma orientação quase lúdica para a pista de dança”.

O Semibreve anuncia igualmente as presenças de Die von Brau e André Gonçalves, referência dos sintetizadores modulares e que, de resto, será também um dos músicos portugueses convidados a participarem no concerto de Roedelius em comemoração do 80.º aniversário do músico que fundou duas eminências do krautrock, Cluster e Harmonia. Será um dos dois concertos comissariados pelo festival (uma novidade), a que se juntará uma actuação de Heatsick resultante de uma semana de residência artística no espaço GNRation. Roedelius e Heatsick serão igualmente os convidados de duas sessões de entrevistas conduzidas ao vivo por Frances Morgan, uma das editoras da The Wire, num estreitamento da relação entre a revista e o Semibreve. O crescente interesse mediático pelo festival, aliás, fica igualmente patente nas presenças já confirmadas de meios como The Wire, The Quietus, BBC, Resident Advisor e XLR8R, que levam a organização a acreditar que este será um ano de consolidação a nível internacional.

Sintonizado com essa curiosidade exterior, o Semibreve passa este ano a um conjunto de 13 concertos e dez instalações (de Phill Niblock, Ana Carvalho e Victor Joaquim, por exemplo), estreando um novo modelo em que, nas noites fortes de sexta e sábado, se sobrepõem algumas das actuações, criando vários pontos de interesse simultâneos divididos entre Theatro Circo, GNRation e Casa Rolão. Com uma média de 500 espectadores diários em 2014 – “números de público bastante altos, o que é fantástico para um festival destas características”, refere Luís Fernandes –, este ano a procura de bilhetes está a ser substancialmente superior, tendo também por isso os passes gerais (a partir de agora pelo preço de 30 euros) crescido de 150 para 400, com mais de metade já vendida.