DGS emite alerta devido a caso provável de infecção por vírus do Nilo no Algarve

DGS aconselha a população a evitar as picadas de mosquitos, usando repelentes e redes mosquiteiras.

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Direcção-Geral da Saúde pôs Programa Nacional de Eliminação do Sarampo em consulta pública Rui Soares

O vírus transmite-se por picada de mosquito infectado, pelo que a DGS aconselha a população a reduzir o risco, utilizando repelentes e redes mosquiteiras.

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O vírus transmite-se por picada de mosquito infectado, pelo que a DGS aconselha a população a reduzir o risco, utilizando repelentes e redes mosquiteiras.

Em comunicado, a DGS esclarece este vírus não se transmite de pessoa para pessoa, mas “unicamente por picada de mosquito do género Culex”. “Em 20% das infecções”, explica, provoca “doença febril com manifestações clínicas ligeiras, que raramente pode evoluir para meningite viral”.

Sublinha ainda que a situação detectada no Algarve (a pessoa teve alta, entretanto) “continua a ser monitorizada e que qualquer alteração será comunicada”. O Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (Insa) “está preparado para receber amostras e realizar o diagnóstico laboratorial” do vírus.

O provável caso de infecção pelo vírus do Nilo fez reunir, esta segunda-feira em Lisboa, especialistas e dirigentes da DGS, do Insa, do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, da Administração Regional de Saúde do Algarve e do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, em articulação com a Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária, adiantou a Lusa.

Entre as recomendações efectuadas pela DGS figura ainda a comunicação deste caso provável às autoridades de saúde internacionais e a articulação com os serviços de veterinária, porque os mosquitos infectados podem transmitir a infecção a animais, em particular cavalos. “As instituições citadas continuarão a acompanhar a situação e, em caso de necessidade, a actualizar a informação”, refere ainda.

Em 2004, foram notificados dois casos de infecção pelo vírus do Nilo Ocidental, na Ria Formosa, no Algarve. O vírus viria, então, a ser isolado em mosquitos.

Em 2010, um provável caso de infecção (que depois não se confirmaria)  motivou um reforço da Rede de Vigilância de Vectores, coordenada pelo Insa. Nessa altura, a DGS lançou também um alerta de saúde pública.

O vírus do Nilo Ocidental é um vírus da família do flavivirus, semelhante a muitos outros vírus transportado por insectos. Foi identificado pela primeira vez em 1937 na região do Nilo Ocidental, no Uganda. É muito pouco comum na Europa, mas vários especialistas têm alertado para o possível regresso deste tipo de doenças devido às alterações climáticas.

Nos anos 60 do século passado, fizeram-se investigações para tentar perceber se o vírus circulava em Portugal e confirmou-se que tinha alguma actividade no país.

Na forma menos grave, a doença provoca febre, dor de cabeça, dores musculares, entre outros sintomas. Em casos graves pode provocar meningite ou encefalite. Não existe um tratamento específico, nem vacinas e, como não se trata de uma doença provocada por bactérias, não faz sentido usar antibióticos.