Governo abre concurso para contratar 12 médicos de Medicina Intensiva

As vagas irão ser abertas em unidades hospitalares de menor dimensão

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Rui Gaudêncio/Arquivo

Trata-se de um concurso nacional dirigido aos serviços e estabelecimentos integrados no SNS para o preenchimento de 12 postos de trabalho em contratos por tempo indeterminado que vai decorrer em Setembro. Um passo que vai permitir tapar “alguns buracos”, mas que fica longe de conseguir responder às actuais necessidades nos serviços de vários hospitais que se têm queixado sobre as carências nesta área da medicina.

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Trata-se de um concurso nacional dirigido aos serviços e estabelecimentos integrados no SNS para o preenchimento de 12 postos de trabalho em contratos por tempo indeterminado que vai decorrer em Setembro. Um passo que vai permitir tapar “alguns buracos”, mas que fica longe de conseguir responder às actuais necessidades nos serviços de vários hospitais que se têm queixado sobre as carências nesta área da medicina.

"As vagas irão ser abertas em unidades hospitalares de menor dimensão, visando reforçar a sua capacidade em articulação com hospitais de maior diferenciação e capacidade técnica para efeitos de formação nesta área, tendo em consideração as idoneidades atribuídas pela Ordem dos Médicos", refere a nota de imprensa da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS). 

Segundo adianta a mesma nota, trata-se do segundo concurso aberto, desde 2014, para medicina intensiva e "os 12 postos de trabalho vêm dar resposta a uma necessidade premente do SNS, nomeadamente em regiões do país carenciadas nesta especialidade". Na lista das unidades a abranger encontra-se a ULS Alto Minho (Viana do Castelo), C H Entre Douro e Vouga (Feira), ULS Nordeste Transmontano (Bragança), C H Leria/Pombal (Leiria), C H Leria/Pombal (Leiria), ULS Castelo Branco, C H Cova da Beira (Covilhã), Hospital de Setúbal, ULS Litoral Alentejano, C H Barreiro/Montijo. 

Este mês, os ministérios das Finanças e da Saúde publicaram uma lista de “zonas carenciadas” de médicos. Na lista, não vem referida a sub-especialidade de Medicina Intensiva que exige formação específica mas pode ser desempenhada por médicos de diversas especialidades, sendo sobretudo procurada por médicos de medicina interna, cirurgia e anestesiologia.

Ainda assim, o Governo apresenta o Alentejo e Torres Vedras como as zonas mais carenciadas de médicos. O despacho nota que o SNS “apresenta ainda carências graves de pessoal médico em várias especialidades” e que são notórias as assimetrias regionais. Define, de seguida, para a área hospitalar, quais “as zonas qualificadas como carenciadas, por estabelecimento de saúde e especialidade médica”, para efeitos de recrutamento, ou mobilidade de pessoal médico, a acontecer ainda este ano.

São oito as especialidades médicas, em 14 unidades de saúde do país, onde foram detectadas “carências mais graves”, segundo o despacho: Cardiologia, Cirurgia Geral, Ginecologia/Obstetrícia, Medicina Interna, Ortopedia, Pediatria Médica, Psiquiatria e Urologia. Em Junho deste ano, o Governo publicou também a legislação que cria incentivos aos clínicos que trabalhem em “zonas carenciadas de trabalhadores médicos”.