2000 migrantes tentaram passar o túnel sob o canal da Mancha, um morreu

Uma pessoa morreu, atingida por um camião e várias ficaram feridas. Outras foram detidas. Cameron confirma investimento de mais de sete milhões de euros em segurança.

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Imigrantes atravessam a linha férrea do terminal do Eurotunel na noite de 28 de Julho PHILIPPE HUGUEN/AFP

A informação foi dada pela empresa Eurotunnel, que opera a ligação Calais-Folestone. Ao longo de várias horas, entre a meia-noite e as seis da manhã desta terça-feira, centenas de imigrantes foram tentando a sua sorte a entrar no túnel, disse um porta-voz da empresa. “Foi o maior esforço de incursão no passado mês e meio”, sublinhou. Houve feridos e detenções, disse o porta-voz sem dar mais números nem quaisquer detalhes.

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A informação foi dada pela empresa Eurotunnel, que opera a ligação Calais-Folestone. Ao longo de várias horas, entre a meia-noite e as seis da manhã desta terça-feira, centenas de imigrantes foram tentando a sua sorte a entrar no túnel, disse um porta-voz da empresa. “Foi o maior esforço de incursão no passado mês e meio”, sublinhou. Houve feridos e detenções, disse o porta-voz sem dar mais números nem quaisquer detalhes.

Com o recente reforço da segurança no porto de Calais, França, onde muitos migrantes viajavam pendurados na parte de baixo de camiões de mercadorias que entravam nos ferries, o comboio começou a ser um meio mais procurado. “Infelizmente, acontece quase todas as noites” que alguém tente passar, disse o porta-voz.

Este Verão já morreram oito pessoas na tentativa de passar pela ferrovia.

Em Calais, muitos imigrantes esperam até tentar a sorte de passar para o outro lado, onde pensam que têm mais hipótese de encontrar trabalho, de ter asilo, ou no caso de já terem tido pedidos recusados, acreditam ter mais facilidade em trabalhar clandestinamente. Segundo o último número oficial, no início de Julho, estavam na cidade da costa cerca de 3000 imigrantes, na maioria eritreus, etíopes, sudaneses e afegãos.

A Eurotunnel diz que vai pedir indemnizações aos governos francês e britânico pelos estragos.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse estar "muito preocupado" com a situação em Calai. Em Singapura, onde estava em visita oficial, anunciou uma reunião de emergência e confirmou que mais sete milhões de libras (dez milhões de euros) vão ser gastas no projecto de reforça das vedações que tentam impedir o acesso dos migrantes às estradas junto ao Eurotúnel que liga França ao Reino Unido. "Não vale a pena tentar atribuir culpas pelo que se está a passar. O que importa é trabalharmos com a França e accionar as restanets medidas de segurança, aumentando o investimento onde ele é preciso", disse.