Assad admite que exército sírio não tem soldados suficientes

Presidente da Síria justifica derrotas territoriais com "falta de recursos humanos" no exército e insiste numa solução negociada para o conflito que preserve "a luta contra o terrorismo".

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O Presidente sírio voltou a reforçar a ideia de que está disposto a negociações de paz com rebeldes moderados AFP

O Presidente sírio mostrou-se neste domingo sob uma luz mais frágil do que o habitual. Mas, num discurso televisivo filmado em Damasco, Assad assegurou, uma vez mais este domingo, que tem condições para “vencer” a guerra contra os rebeldes. “[Isto] não significa o colapso. Nós vamos resistir. As forças armadas são capazes de defender a pátria.”

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O Presidente sírio mostrou-se neste domingo sob uma luz mais frágil do que o habitual. Mas, num discurso televisivo filmado em Damasco, Assad assegurou, uma vez mais este domingo, que tem condições para “vencer” a guerra contra os rebeldes. “[Isto] não significa o colapso. Nós vamos resistir. As forças armadas são capazes de defender a pátria.”

Mas o exército, diz Assad, “não pode estar em todos os locais do território”. Por essa razão, o regime sírio teve de se retirar de algumas zonas. Em Março, as forças governamentais perderam a maior parte da província de Idlib, no Noroeste, para uma aliança de grupos rebeldes e extremistas islâmicos, incluindo o braço da Al-Qaeda no país, a Frente al-Nusra. A Idlib somam-se Palmira, a Este, e ainda territórios que o Governo perdeu a Sul nos últimos meses.

“Foi necessário especificarmos territórios cruciais onde as nossas forças armadas devem resistir”, explicou Assad em Damasco, citado pela AFP. “A preocupação pelos nossos soldados forçou-nos a abandonar algumas zonas.”

Este foi o segundo sinal neste fim-de-semana de que o exército sírio atravessa dificuldades. No sábado, Bashar al-Assad anunciou uma amnistia geral para os soldados sírios que tenham desertado e para os cidadãos que tenham fugido ao serviço militar obrigatório.

Neste domingo, Assad disse novamente que está disponível para “todas as propostas políticas” que ponham um fim ao conflito, desde que estas não façam com que “a luta contra o terrorismo deixe de ter sentido”.