Henrique Neto diz que legislativas não vão trazer grandes mudanças

Candidato presidencial diz que "a filosofia e os programas dos partidos já reflectem" a proximidade programática.

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Rui Gaudêncio

"No contexto do que é previsível vir a acontecer em Portugal nos próximos tempos, pensamos que as legislativas não vão conduzir a grandes mudanças", disse, justificando que, "quer ganhe a coligação PSD/CDS-PP quer ganhe o PS, mas nenhum com maioria, não há uma grande mudança e a filosofia e os programas dos partidos já refletem isso".

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"No contexto do que é previsível vir a acontecer em Portugal nos próximos tempos, pensamos que as legislativas não vão conduzir a grandes mudanças", disse, justificando que, "quer ganhe a coligação PSD/CDS-PP quer ganhe o PS, mas nenhum com maioria, não há uma grande mudança e a filosofia e os programas dos partidos já refletem isso".

Em declarações à Lusa após reunir-se com a direcção da Associação Empresarial de Portugal (AEP), em Matosinhos, Henrique Neto disse pretender com a sua candidatura "contribuir para que este debate político das próximas eleições legislativas seja frutífero, não seja minimizado, não seja escondido ou escamoteado".

Na sua opinião, o país precisa "de um Estado mais eficiente, de uma reforma da administração pública profunda, de um Estado que não seja absorvedor dos recursos do país, de um Estado amigo das empresas, dos cidadãos, das instituições em geral e que seja mais justo na divisão da austeridade".

"A austeridade é, infelizmente, uma fatalidade dos erros cometidos antes e agora temos que os pagar. Agora, a maneira de quem paga é que já é questionável", sustentou, defendendo que "a austeridade deve ser melhor dividida".

Criticando o Estado por "continuar a gastar o dinheiro em hábitos sumptuários que não mudaram" até agora, o candidato presidencial entende que "os grupos de bens não transacionáveis têm que pagar uma parte mais importante".

No encontro com a AEP, Henrique Neto partilhou com a administração da associação, disse, preocupações relacionadas com "o poder excessivo do poder central".

Outra das preocupações abordadas prende-se com "as infraestruturas do país, que privilegiam a mobilidade interna", nomeadamente na ferrovia e nos portos. "Mostrámos preocupação com o acesso à Europa por via-férrea, que não existe em Portugal", disse.