Julie Hamp foi detida e demitiu-se de cargo de direcção na Toyota

A primeira mulher a ocupar uma função de topo no fabricante japonês de automóveis demitiu-se depois de ter sido detida.

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Julie Hamp era directora de comunicação da Toyota desde Abril, mas trabalhava para a empresa desde 2012 KYODO/Reuters

A norte-americana foi detida dia 18 de Junho por ter encomendado uma embalagem de 60 comprimidos de oxicodona, um analgésico utilizado para tratar a dor intensa e muito comum nos Estados Unidos. Contudo, para o comprar no Japão é preciso ter uma autorização prévia.

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A norte-americana foi detida dia 18 de Junho por ter encomendado uma embalagem de 60 comprimidos de oxicodona, um analgésico utilizado para tratar a dor intensa e muito comum nos Estados Unidos. Contudo, para o comprar no Japão é preciso ter uma autorização prévia.

Numa curta declaração, a Toyota diz ter aceite a demissão “tendo em conta a preocupação e incómodo que os eventos recentes provocaram aos accionistas e parceiros”. Não adiantou mais detalhes, justificando o silêncio com a investigação em curso.

Quando foi detida, Julie Hamp foi defendida publicamente por Akio Toyoda, neto do fundador da Toyota Motor Corporation e presidente do grupo japonês desde Junho de 2009. Toyoda acredita que a executiva não sabia que estava a violar e lei e admitiu que a empresa poderia ter ajudado Hamp a integra-se melhor no país.

A executiva trabalhava na subsidiária americana do gigante japonês desde 2012 e em Abril passou a liderar a divisão de comunicação em Tóquio. A Toyota tem como meta aumentar a presença de mulheres em lugares de topo, predominantemente ocupados por homens e oriundos do Japão e garante que continua “firmemente empenhada em colocar as pessoas certas nos lugares certos, independentemente da nacionalidade, género, idade ou outros factores”.