Mais de metade dos trabalhadores do INE passam para a nova carreira especial

São 362 os técnicos superiores que deverão transitar para a carreira especial que está a ser preparada.

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Alda Carvalho, presidente do INE Carlos Lopes/Arquivo

Na prática, serão integrados na nova carreira 55% dos trabalhadores do instituto liderado por Alda Carvalho, que é responsável pela produção estatística nacional.

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Na prática, serão integrados na nova carreira 55% dos trabalhadores do instituto liderado por Alda Carvalho, que é responsável pela produção estatística nacional.

Fonte oficial começa por lembrar que se está perante “um anteprojecto de diploma do Governo”. “Quando aprovado, este decreto-lei abrangerá 362 dos 658 trabalhadores do mapa de pessoal do INE”, que passarão para a carreira especial de técnico superior especialista em estatística.

Estes trabalhadores serão reposicionados na posição salarial imediatamente a seguir à que agora detêm, mas quando daí resultar “um acréscimo inferior a 52 euros, o trabalhador é reposicionado na posição remuneratória seguinte”.

A nova carreira passa a ter 14 níveis salariais, começando nos 1252,97 euros (a posição 16 da Tabela Remuneratória Única - TRU) e chegando aos 3621,60 euros no topo da carreira (valor correspondente à posição 62 da TRU). Trata-se de condições salariais mais atractivas face aos pouco mais de mil euros, a que acrescem diuturnidades, que os técnicos hoje recebem.

Os restantes 296 funcionários transitam para as carreiras gerais, nos termos da Lei dos Vínculos, Carreiras e Remunerações, em vigor desde 2008.

Para a carreira de assistente técnico passam os técnicos administrativos, secretárias, técnicos de reprografia, técnicos-adjuntos de estatística ou os técnicos de documentação, informação e informática, entre outros. Para a carreira de assistente operacional transitam arquivistas, auxiliares administrativos, recepcionistas, telefonistas motoristas e contínuos, entre outras categorias.

Nestes casos, a proposta de diploma, que ainda terá de ser discutida com os sindicatos, não prevê qualquer tipo de aumento salarial.

A criação da carreira especial no INE, há muito reclamada pela sua presidente, segue-se à criação de uma carreira especial para trabalhadores de três direcções-gerais da área do Ministério das Finanças.