A estreia do ciclo Uno nos 20 anos do Teatro Plástico

O Teatro Plástico faz 20 anos e o ciclo de espectáculos marca o início das comemorações do aniversário.

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Uno não é material de agora e muito menos foi pensado para o vigésimo aniversário da companhia. Trata-se de um projecto com historial no Teatro Plástico, que tem sido explorado e estudado desde 2010. Apesar de não ser uma novidade para as pessoas que dele fazem parte, o ciclo é o marco de uma série de novas metodologias. Francisco Alves, director artístico, explica que as cinco etapas pensadas para Uno, estão ao abrigo de “várias temáticas e estéticas diferentes”, no entanto as reflexões vão confluir na mesma linha.

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Uno não é material de agora e muito menos foi pensado para o vigésimo aniversário da companhia. Trata-se de um projecto com historial no Teatro Plástico, que tem sido explorado e estudado desde 2010. Apesar de não ser uma novidade para as pessoas que dele fazem parte, o ciclo é o marco de uma série de novas metodologias. Francisco Alves, director artístico, explica que as cinco etapas pensadas para Uno, estão ao abrigo de “várias temáticas e estéticas diferentes”, no entanto as reflexões vão confluir na mesma linha.

A ideia de duplo e de gémeos será o que figurativamente o público verá ao longo das performances, com a interpretação dos actores, Filipe Santos Teixeira e João Teixeira. A representação será elevada ao próprio local onde decorre a peça, nada é escolhido ao acaso e o espaço determinará uma parte importante do que é apresentado e interpretado. Embora o Museu Nacional dos Reis seja o primeiro a receber Uno, ao longo do ano outros museus receberão a peça, que se terá de adaptar aos novos locais. “Há uma reflexão estética específica para cada local”, esclarece Francisco Alves.

A interacção directa entre os actores e as obras artísticas de cada espaço será uma mais-valia e a garantia de que cada espectáculo não será igual ao anterior, nem ao seguinte. Estas características do ciclo vão de encontro a um dos propósitos das performances: a ideia de que cada momento no teatro é único e irrepetível. Para o director artístico do Teatro Plástico, Uno confirma a tese de que “a duplicação do teatro é uma outra coisa, não é uma cópia, é uma realidade alterada”.

Ao longo do ano, os 20 anos da companhia serão celebrados com um “largo programa de actividades”. A escolha para inaugurar as duas décadas recaiu no ciclo Uno por constituir “uma síntese de uma estética de trabalho que marca o Teatro Plástico”, segundo Francisco Alves. O director artístico não deixou, no entanto, de tecer comentários quanto ao Concurso Nacional da Direcção-Geral das Artes na hora de apresentar as restantes actividades. A falta de apoios justificou uma adaptação do que inicialmente iria ser feito. Ainda assim as comemorações poderão contar com exibições de filmes, uma exposição de fotografia e cartazes, e um ciclo de monólogos. O Teatro Plástico compromete-se durante as comemorações a revisitar os espaços do Porto onde já esteve, mas com outras perspectivas e a devida distância histórica.

Para já, a primeira parte do ciclo consiste numa performance de 10 minutos, que será repetida em formato vídeo nos dias seguintes à estreia. A peça chega pela primeira vez a palco este domingo, pelas 17h no Museu Nacional Soares dos Reis. A entrada é gratuita.