Os tempos (alguns deles) estão a mudar

Poucos dias depois de os irlandeses terem aprovado, em referendo, o casamento gay por uma maioria esmagadora de dois terços, o estado norte-americano do Nebraska decidiu, também por uma votação expressiva, abolir a pena de morte. Num e noutro caso, foram sociedades claramente conservadoras a aprovar medidas que aparentemente ali estariam condenadas ao fracasso. Mas a realidade contrariou as aparências. No caso do Nebraska, o mais recente, a votação tem especial significado porque se trata do primeiro estado tradicionalmente conservador a abolir a pena de morte nos últimos quarenta anos. Não foi uma luta fácil: foi preciso insistir na proposta durante décadas. Mas agora, do lado dos abolicionistas, estava a irmã de um homem, negro, barbaramente assassinado (foi esfolado vivo e violado com uma pá) pelo líder de um grupo supremacista branco. A razão venceu o ódio. E pesou nos votos. Sinal de que (alguns) tempos estão a mudar.

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Poucos dias depois de os irlandeses terem aprovado, em referendo, o casamento gay por uma maioria esmagadora de dois terços, o estado norte-americano do Nebraska decidiu, também por uma votação expressiva, abolir a pena de morte. Num e noutro caso, foram sociedades claramente conservadoras a aprovar medidas que aparentemente ali estariam condenadas ao fracasso. Mas a realidade contrariou as aparências. No caso do Nebraska, o mais recente, a votação tem especial significado porque se trata do primeiro estado tradicionalmente conservador a abolir a pena de morte nos últimos quarenta anos. Não foi uma luta fácil: foi preciso insistir na proposta durante décadas. Mas agora, do lado dos abolicionistas, estava a irmã de um homem, negro, barbaramente assassinado (foi esfolado vivo e violado com uma pá) pelo líder de um grupo supremacista branco. A razão venceu o ódio. E pesou nos votos. Sinal de que (alguns) tempos estão a mudar.