Autarcas socialistas defendem 35 horas laborais como "amigas da natalidade"

Associação vai interpelar o Governo com base em estudo da Uniuversidade do Minho.

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A 1 de Janeiro deste ano a população da UE ascendia a 510,1 milhões de residentes, contra 508,3 milhões em Janeiro de 2015 AFP

À margem da Assembleia Geral da Associação Nacional dos Autarcas Socialistas (ANA PS), que decorreu esta sábado em Elvas, José Luís Carneiro explicou à Lusa que uma das conclusões primordiais de um estudo do Centro de Investigação da Universidade do Minho indica que a redução do horário e a sua flexibilização tem impactos "muito positivos" e "determinantes" na forma como as famílias concebem a possibilidade de virem a ter filhos.

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À margem da Assembleia Geral da Associação Nacional dos Autarcas Socialistas (ANA PS), que decorreu esta sábado em Elvas, José Luís Carneiro explicou à Lusa que uma das conclusões primordiais de um estudo do Centro de Investigação da Universidade do Minho indica que a redução do horário e a sua flexibilização tem impactos "muito positivos" e "determinantes" na forma como as famílias concebem a possibilidade de virem a ter filhos.

"Aquilo que nós hoje vamos dizer nesta Assembleia Geral é que o Governo (...) deve respeitar a autonomia do poder local e possibilitar que as autarquias, no âmbito dos acordos colectivos de trabalho, possam aplicar as 35 horas aos seus funcionários, porque se conclui também com trabalhos de natureza científica que esse regime laboral é um regime laboral não apenas favorável às políticas de famílias, mas também às políticas de estímulo à natalidade, que são hoje tão essenciais ao país", disse José Luís Carneiro.

Os autarcas socialistas ouviram um conjunto de conclusões relativas a uma investigação dirigida pelo professor e investigador Fernando Cabodeira, onde foram inquiridas as 308 autarquias portuguesas e das quais 165 autarquias responderam.

José Luís Carneiro, que é também presidente da Federação do PS/Porto e da Câmara de Baião, acrescentou que as conclusões do estudo científico reforçam a "posição política" que vai no sentido de se retomarem "as 35 horas na Administração Pública, nomeadamente no âmbito do poder local".