Rapariga desaparecida

Tiques e efeitos traduzem-se num vazio de interesse.

Foto

São outra vez crianças em perigo (uma miúda desaparecida), pais angustiados e/ou culpados, as paisagens nevadas a exprimirem “frieza” e “desolação”. Mas tudo se passa de forma tão maquinal — ver por exemplo os avanços e recuos temporais com que Egoyan organiza a sua narrativa — que mata, muito rapidamente, qualquer interesse que pudesse existir, seja no acompanhar da história seja na presença daquelas personagens. Tiques e efeitos de assinatura — “Para quê fazer simples se se pode fazer complicado”, velho conselho de Jean-Luc Godard que Egoyan parece seguir no pior sentido — a criar apenas um vazio, bem longe daquele estilo “metálico” que Fincher razoavelmente conseguiu com o seu Gone Girl.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

São outra vez crianças em perigo (uma miúda desaparecida), pais angustiados e/ou culpados, as paisagens nevadas a exprimirem “frieza” e “desolação”. Mas tudo se passa de forma tão maquinal — ver por exemplo os avanços e recuos temporais com que Egoyan organiza a sua narrativa — que mata, muito rapidamente, qualquer interesse que pudesse existir, seja no acompanhar da história seja na presença daquelas personagens. Tiques e efeitos de assinatura — “Para quê fazer simples se se pode fazer complicado”, velho conselho de Jean-Luc Godard que Egoyan parece seguir no pior sentido — a criar apenas um vazio, bem longe daquele estilo “metálico” que Fincher razoavelmente conseguiu com o seu Gone Girl.