Bolseiros de investigação científica pedem concurso extraordinário

Carta aberta destinada à nova presidente da Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

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Maria Arménia Carrondo Dr

Em carta aberta dirigida à nova presidente da FCT, que pode ser subscrita publicamente, os bolseiros alertam a nova responsável para situações no passado, de atribuição de bolsas, que “determinaram um despedimento colectivo de centenas de trabalhadores qualificados”.

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Em carta aberta dirigida à nova presidente da FCT, que pode ser subscrita publicamente, os bolseiros alertam a nova responsável para situações no passado, de atribuição de bolsas, que “determinaram um despedimento colectivo de centenas de trabalhadores qualificados”.

Com o título “Por mais transparência e rigor na FCT e por um concurso extraordinário de bolsas”, exige-se na carta que se acabe com questões do concurso de bolsas, como a que leva à “dificuldade na aceitação de graus obtidos no estrangeiro”.

“A falta de transparência, os entraves colocados no acesso ao sistema científico e os cortes sucessivos na atribuição de bolsas conduzem ao enfraquecimento da credibilidade da comunidade científica na FCT”, diz ainda a carta da ABIC, segundo um comunicado divulgado esta quarta-feira.

Maria Arménia Carrondo é a presidente da FCT, na sequência da demissão de Miguel Seabra em Abril. A FCT, entidade pública que financia a investigação científica, sob tutela do Ministério da Educação e Ciência, tem sido alvo de críticas por parte de bolseiros, devido a cortes no número de bolsas atribuídas, e por parte dos centros de investigação, universidades e sindicatos do sector, que apontam irregularidades à avaliação dos centros de investigação para a atribuição de financiamento para as suas actividades.