Accionistas privados do Banif querem adiar eleição da nova gestão

Com o adiamento até Agosto, Jorge Tomé irá manter-se em funções e prosseguir com negociações para encontrar um novo accionista de referência para o banco.

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Jorge Tomé, presidente executivo do Banif Enric Vives-Rubio

“É do conhecimento público a intenção, assumida pelo Banif, de identificação de um accionista estratégico de referência, a quem possa vir a ser proposta a substituição na participação detida pelo Estado português”, lê-se num dos pontos da ordem de trabalhos para a assembleia geral de accionistas de dia 29 de Maio, que foi divulgada esta quinta-feira através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

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“É do conhecimento público a intenção, assumida pelo Banif, de identificação de um accionista estratégico de referência, a quem possa vir a ser proposta a substituição na participação detida pelo Estado português”, lê-se num dos pontos da ordem de trabalhos para a assembleia geral de accionistas de dia 29 de Maio, que foi divulgada esta quinta-feira através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“O sucesso de qualquer processo negocial a promover com potenciais investidores depende em grande parte do envolvimento da actual equipa de gestão”, notam ainda a Rentipar (dos herdeiros de Horácio Roque) e a Auto-Industrial, que propõem que se adie para 26 de Agosto a votação dos pontos que se referem à eleição dos novos órgãos sociais do Banif para o triénio 2015-2017, “de modo a manter em funções os actuais”.

A proposta visa também permitir que qualquer novo accionista que venha a compra os 60% que o Estado tem no banco tenha uma palavra a dizer quanto à futura equipa de gestão.

"Admitindo-se uma eventual alteração relevante da estrutura accionista do Banif, importa manter todas as condições para um eventual novo accionista controlador possa determinar, livremente e sem restrições de qualquer ordem, a composição dos órgãos sociais e estatutários do Banif e das suas principais filiais", lê-se na proposta.