Um ponto em que não se pode ceder

discussão aberta pelo primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, sobre a eventual reintrodução da pena de morte no seu país não pode ser encarada na Europa como "mais um tema". Porque este é um ponto em que não se pode ceder. O pretexto foi a morte de uma jovem de 21 anos, empregada de tabacaria, vítima de um assalto violento. Uma morte deplorável, mas à qual o grau de civilização já atingido na Europa sobre esta matéria impede que se responda com outra morte: a do seu assassino. O pior é que Orban e o seu partido, o Fidesz, não se limitam a colocar o tema na mesa. Fazem-no, associando o crime ao crescimento da imigração, vista como ameaça, sugerindo até que os imigrantes sejam enviados para "campos de internamento" onde seriam forçados a trabalhar. Como a Europa sofreu bastante, com os seus próprios erros e com erros alheios, para chegar aonde chegou, a única resposta a Orban é "não". E tirar, daí, as necessárias ilações.

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discussão aberta pelo primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, sobre a eventual reintrodução da pena de morte no seu país não pode ser encarada na Europa como "mais um tema". Porque este é um ponto em que não se pode ceder. O pretexto foi a morte de uma jovem de 21 anos, empregada de tabacaria, vítima de um assalto violento. Uma morte deplorável, mas à qual o grau de civilização já atingido na Europa sobre esta matéria impede que se responda com outra morte: a do seu assassino. O pior é que Orban e o seu partido, o Fidesz, não se limitam a colocar o tema na mesa. Fazem-no, associando o crime ao crescimento da imigração, vista como ameaça, sugerindo até que os imigrantes sejam enviados para "campos de internamento" onde seriam forçados a trabalhar. Como a Europa sofreu bastante, com os seus próprios erros e com erros alheios, para chegar aonde chegou, a única resposta a Orban é "não". E tirar, daí, as necessárias ilações.