A pouco auspiciosa estreia de Russell Crowe

A Promessa de uma Vida não promete realizador nenhum.

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No filme de Crowe a guerra é um flash-back, e ele próprio interpreta o protagonista, um fazendeiro australiano com dotes de vedor que, terminada a guerra, viaja para a Turquia no encalço dos três filhos, presumivelmente mortos em Gallipoli. Se é só a primeira realização de Crowe, é suficiente para apostar, com razoável certeza, que ele nunca será um Clint Eastwood, nem mesmo um Stallone.

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No filme de Crowe a guerra é um flash-back, e ele próprio interpreta o protagonista, um fazendeiro australiano com dotes de vedor que, terminada a guerra, viaja para a Turquia no encalço dos três filhos, presumivelmente mortos em Gallipoli. Se é só a primeira realização de Crowe, é suficiente para apostar, com razoável certeza, que ele nunca será um Clint Eastwood, nem mesmo um Stallone.

A Promessa de uma Vida

é de uma banalidade irredimivelmente maçuda e pesadona, que acumula clichés sobre clichés sem ponta de invenção ou agilidade, e se contenta com a exibição de um sentimentalismo bastante indigesto (o constante matraquear da música, super-manipuladora, chega a ser encanitante). Mesmo o olhar sobre a “nova Turquia” saída da guerra resulta meramente esquemático e sem interesse nenhum – é a História só a servir de papel de parede, mais nada.

A Promessa de uma Vida

, portanto, não promete realizador nenhum.