Há 56 peças de "street art" assinaladas no Mapa Hazul

A primeira edição do Mapa Hazul é gratuita e tem uma tiragem de 500 exemplares. "Já há um certo respeito pelo nosso trabalho", disse o artista ao P3

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Trindade, Aliados, Sé, Guindais, Ribeira, Miragaia, Miguel Bombarda, Cordoaria, Virtudes... Está pronto o Mapa Hazul, um roteiro que visa "identificar e assinalar as várias pinturas murais de Hazul existentes na cidade" e que estão, na sua maioria, localizadas no centro histórico, "propondo assim um passeio alternativo sobre um Porto para muitos ainda desconhecido".

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Trindade, Aliados, Sé, Guindais, Ribeira, Miragaia, Miguel Bombarda, Cordoaria, Virtudes... Está pronto o Mapa Hazul, um roteiro que visa "identificar e assinalar as várias pinturas murais de Hazul existentes na cidade" e que estão, na sua maioria, localizadas no centro histórico, "propondo assim um passeio alternativo sobre um Porto para muitos ainda desconhecido".

São 56 peças assinaladas — das cerca de 80 que resistem nas paredes da cidade. "É possível que apareçam novas", anota o artista em conversa com o P3. É possível que desapareçam algumas também. "No período de criação do mapa (dois meses), desapareceram três pinturas. Desaparecem em média uma ou duas por mês", conta Hazul. E quantas aparecem? "Umas quatro ou cinco [risos]".

Ao longo do percurso estão identificadas as pinturas que Hazul fez nos últimos dois anos, essencialmente em locais abandonados. A figura feminina, as aves e os cristais. "Em alguns casos as obras podem apresentar algum desgaste ou alterações, próprias da passagem do tempo e do ritmo urbano de uma cidade", pode ler-se no desdobrável, com um último aviso, nada habitual em mapas turísticos. "Sendo todo o processo criativo um constante trabalho em evolução, pode vir a dar-se o encontro com novas pinturas."

Das dez pinturas da exposição "Florescer", por exemplo, apenas duas sobreviveram ao espaço "World of Discoveries" — e fazem parte do mapa. Precisamente em Outubro de 2013, e com o último mandato de Rui Rio por um fio, Hazul dizia ao P3 que esperava que "as relações entre quem pinta e quem governa" se tornassem "mais harmoniosas". Estão? "Além de serem mais pacíficas, temos colaborações, algo impensável antigamente. E há um certo respeito pelo nosso trabalho. É verdade que ainda é o início e que o ritmo deles é lento e ponderado. Não há propriamente uma carta branca. É preciso que haja, por exemplo, uma parede livre, realmente livre onde a câmara não tenha controle sobre as pinturas realizadas. Até à data tudo é feito por convocatória. Mas é normal, é o período de eles conhecerem as pessoas."

A primeira edição do Mapa Hazul tem uma tiragem de 500 exemplares e estará disponível gratuitamente nos seguintes locais do Porto: Cooperativa Árvore, DaVinci art gallery, Yours Guesthouse e Dedicated Store.