Oi vai suprimir mais de mil postos de trabalho

Empresa registou prejuízo superior a mil milhões de euros em 2014.

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O presidente da Oi, Bayard Gontijo, pôs em marcha plano de redução de custos Rui Gaudêncio

As demissões atingirão todos os níveis da empresa e somam-se aos cortes realizados em Outubro, quando foram dispensados cerca de 150 quadros da Oi. Os custos com a medida serão contabilizados no resultado da empresa do segundo trimestre, adianta a Reuters, que cita um comunicado enviado pela operadora brasileira, na qual a PT SGPS tem uma posição de 25,6%.

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As demissões atingirão todos os níveis da empresa e somam-se aos cortes realizados em Outubro, quando foram dispensados cerca de 150 quadros da Oi. Os custos com a medida serão contabilizados no resultado da empresa do segundo trimestre, adianta a Reuters, que cita um comunicado enviado pela operadora brasileira, na qual a PT SGPS tem uma posição de 25,6%.

A redução do número de efectivos será acompanhada de um leque de medidas de controlo de custos ao nível da contratação, do pagamento de horas extraordinárias, das viagens profissionais e mesmo do consumo de energia no horário nocturno nos escritórios. Será com base neste plano de cortes que a empresa definirá o montante de investimentos que poderá realizar este ano.

"O ano de 2015 é desafiador em todo o contexto macroeconómico do país e também no sector de telecomunicações. Considerando este cenário e os próprios desafios da companhia, a Oi desenvolveu um plano orçamentário para 2015 para assegurar ganhos de produtividade e de rentabilidade", refere o comunicado da empresa liderada por Bayard Gontijo.

"Mesmo com a redução do quadro funcional, [a Oi] continua sendo um dos maiores empregadores do Brasil, gerando cerca de 177 mil empregos directos e indirectos em todo o território nacional", acrescentou a empresa, que no ano passado registou um prejuízo de cerca de 4,4 mil milhões de reais (mais de 1,2 mil milhões de euros).

Os sindicatos já terão sido avisados da medida, refere a Reuters. Segundo o presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores de Empresas de Telecomunicações (Fenattel), Almir Munhoz, a Oi informou que o estado mais afectado pelos cortes será o Rio de Janeiro, onde fica a sede do grupo brasileiro.