Coreia do Norte dispara dois mísseis de curto alcance para o mar

Os Scud foram disparados quando começava o exercício militar anual conjunto da Coreia do Sul e dos EUA.

Foto
A Coreia do SUl e os EUA realizam todos os anos exercícios militares conjuntos Reuters

Os dois mísseis foram disparados horas antes do início dos exercícios anuais dos dois exércitos, que mobilizam centenas de milhares de militares e estão agendados até ao dia 24 de Abril. De acordo com o Ministério da Defesa da Coreia do Sul, os Scud percorreram cerca de 490 quilómetros antes de se despenharem no mar que divide a Península da Coreia e o Japão.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Os dois mísseis foram disparados horas antes do início dos exercícios anuais dos dois exércitos, que mobilizam centenas de milhares de militares e estão agendados até ao dia 24 de Abril. De acordo com o Ministério da Defesa da Coreia do Sul, os Scud percorreram cerca de 490 quilómetros antes de se despenharem no mar que divide a Península da Coreia e o Japão.

Uma das resoluções adoptadas pelas Nações Unidas em Março de 2013 contra a Coreia do Norte, reagindo então contra os testes nucleares de Pyongyang, determinava que o país deveria abandonar quaisquer testes que envolvessem tecnologia balística.

Um porta-voz do Ministério da Defesa sul-coreano citou exactamente esta resolução das Nações Unidas, que entende ter sido violada. Citado pela Reuters, Kim Min-seok deixou um aviso firme ao Governo de Kim Jong-un: “Se a Coreia do Norte optar por acções de provocação, o nosso exército reagirá com uma força e firmeza tal que fará com que a Coreia do Norte se arrependa até aos ossos.”

Também o Japão censurou Pyongyang. O porta-voz do Governo, Yoshihide Suga, acusou o Governo norte-coreano de ter posto em risco embarcações e aeronaves e garantiu ter já enviado um “protesto firme” aos líderes norte-coreanos.

A Coreia do Norte interpreta as actividades militares sul-coreanas e norte-americanas como uma preparação encapotada de uma invasão surpresa. Num comunicado emitido pouco antes dos disparos desta segunda-feira, Pyongyang classificou a acção dos dois países como uma “agressão” e prometeu reagir com “ataques sem misericórdia”.

Este incidente parece repetir o cenário de 2014. Em Fevereiro e Março do ano passado, precisamente como resposta aos exercícios militares anuais EUA/Coreia do Sul, a Coreia do Norte disparou vários mísseis de curto-alcance.

Não é a primeira vez que Pyongyang desafia as resoluções das Nações Unidas. Segundo o Wall Street Journal, a Coreia do Norte terá disparado mais de cem mísseis de curto-alcance só ao longo de 2014. O último foi apenas há três semanas.