Pelo menos 50 autocarros da Carris precisam de renovação nos próximos dois anos

Empresa que ficar com a transportadora terá que renovar a frota.

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Montante das custas e dos juros de mora a pagar ao Santander não foi acautelado pelas empresas Mafalda Melo

Em resposta a questões da Lusa, a Carris, que opera na Grande Lisboa, explicou que "a vida útil dos autocarros" da empresa "não pode ultrapassar os 18 anos e a idade média da frota afecta à sub-concessão não poderá ultrapassar os 12 anos, ao longo de todo o período de vigência da sub-concessão".

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Em resposta a questões da Lusa, a Carris, que opera na Grande Lisboa, explicou que "a vida útil dos autocarros" da empresa "não pode ultrapassar os 18 anos e a idade média da frota afecta à sub-concessão não poderá ultrapassar os 12 anos, ao longo de todo o período de vigência da sub-concessão".

"Actualmente os autocarros com idade entre os 16 e os 18 anos representam cerca de 9% dos 622 autocarros [dos quais 521 são utilizados diariamente] que constituem a frota de serviço público da empresa", revelou a Carris, realçando que "a substituição dos autocarros com idade superior" a 18 anos "deve ser feita por autocarros novos ou, no máximo, com oito anos de vida".

De acordo com o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Silva Monteiro, os contratos a estabelecer com as empresas sub-concessionárias vão obrigá-las a substituir as frotas, nomeadamente na Carris, "quando estas atingirem uma determinada idade, por veículos de menor idade".

A sub-concessão das operações do Metro de Lisboa e da Carris deverá estar concluída até ao final de Julho, no seguimento do concurso público internacional que vai ser agora lançado até ao próximo dia 15 de Março, indicou Sérgio Silva Monteiro, no final do Conselho de Ministros realizado na passada quinta-feira.

O Governo prevê uma poupança de 170 milhões de euros durante a vida dos contratos, que serão no máximo de "cerca de 10 anos", tendo em conta o que irá ser pago às novas entidades sub-concessionárias e os valores que têm sido pagos actualmente, sublinhou ainda. No Porto, com as novas sub-concessões, essa poupança está já calculada em 153 milhões.

A Lusa questionou ainda a Secretaria de Estado dos Transportes acerca de quando estará disponível o caderno de encargos e quais os principais critérios e termos que apresentará aos interessados na sub-concessão, mas até ao momento não obteve resposta.