Estudantes do ensino politécnico contra novas regras de acesso menos exigentes

Federação Nacional de Associações de Estudantes do Ensino Superior Politécnico entende que proposta assenta na "diminuição dos padrões de exigência"

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Universidades e politécnicos estão ligados à rede da FCCN Sérgio Azenha/arquivo

Na quarta-feira, o presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Politécnicos (CCISP), Joaquim Mourato, explicou que as alterações propostas ao Governo, por estas instituições, no regime de acesso, serão facultativas. Por essa razão, pode manter-se a situação vigente para os institutos que assim o entendam, nomeadamente os politécnicos que votaram contra a proposta.

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Na quarta-feira, o presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Politécnicos (CCISP), Joaquim Mourato, explicou que as alterações propostas ao Governo, por estas instituições, no regime de acesso, serão facultativas. Por essa razão, pode manter-se a situação vigente para os institutos que assim o entendam, nomeadamente os politécnicos que votaram contra a proposta.

Para a FNAEESP, os dois subsistemas de ensino devem apresentar as mesmas condições de ingresso, "deixando a diferenciação entre eles para os objectivos e missões díspares que devem apresentar ao nível das formações que ministram". "Entendemos que a redução das exigências estabelecidas para o ingresso no ensino superior politécnico, via concurso nacional de acesso, não pode ser utilizado como meio para atingir o fim pretendido, o da captação de mais estudantes por estas instituições de ensino politécnicas, já que se trata de uma nítida acção de descredibilização do ensino superior politécnico", argumenta.

Nesta linha, a federação afirma que vai reclamar junto da Secretaria de Estado do Ensino Superior a não aceitação da proposta apresentada pelo CCISP, "manifestando uma vez mais a total disponibilidade para discutir e trabalhar em propostas alternativas".