Portugueses de fora dos cem candidatos finalistas a colonizar Marte

Projecto Mars One quer ser o primeiro a levar humanos ao planeta vermelho.

Foto
A Mars One prevê o envio da primeira equipa de quatro colonos para o planeta vermelho em 2024 AFP/NASA/ ESA

Sandra Feliciana da Silva é natural de Porto Velho, do estado de Rondónia, tem 50 anos e é professora. Na sua página de apresentação do projecto, a brasileira diz-se uma apaixonada por aquariofilia, ecologia de sistemas fechados e revela ser uma escritora de ficção científica.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Sandra Feliciana da Silva é natural de Porto Velho, do estado de Rondónia, tem 50 anos e é professora. Na sua página de apresentação do projecto, a brasileira diz-se uma apaixonada por aquariofilia, ecologia de sistemas fechados e revela ser uma escritora de ficção científica.

Entre os 202.586 candidatos iniciais encontravam-se os nomes de alguns portugueses, mas agora, entre os 50 homens e 50 mulheres que passaram à terceira fase, apenas se encontram 31 europeus, dois dos quais espanhóis, 16 pessoas provenientes da Ásia, sete da Oceânia, e 39 do continente americano.

Anunciado em 2012, o projecto liderado pelo engenheiro holandês Bas Lansdorp pretende ser o primeiro a levar pessoas para Marte, estando a seleccionar colonos que não pretendam regressar.

A Mars One prevê o envio da primeira equipa de quatro colonos para o planeta vermelho em 2024 e, até ao momento, só angariou 759.816 dólares, dos seis mil milhões dos necessários.

"O grande corte no número de candidatos é um grande passo no sentido de descobrir quem tem condições para ir a Marte. Esses aspirantes a marcianos estão a dar ao mundo um vislumbre do que podem vir a ser os exploradores modernos", disse Bas Lansdorp, co-fundador e CEO da Mars One.

Os 100 candidatos seleccionados vão agora formar equipas que vão enfrentar provas para demonstrar a sua aptidão individual, mas também em grupo, vivendo na Terra numa cópia da estação que será construída em Marte.

Os candidatos que não foram seleccionados para continuar em prova vão ter ainda uma oportunidade para o fazer em 2015, substituindo aqueles que vão sendo eliminados por não terem perfil adequado.