O cineasta Pablo Larraín estreia-se num novo festival de teatro

Acceso: uma rajada de perguntas contra o público, feitas por Sandokan, vendedor ambulante, vítima de abusos, criado em instituições de apoio.

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Acceso é uma rajada de perguntas contra o público, feitas por um vendedor ambulante, vítima de abusos, criado em instituições de apoio

É a primeira vez que o chileno, realizador de No (2012) e Tony Manero (2007), encena um espectáculo de teatro. É a primeira vez que o espectáculo se apresenta na Europa. E é a primeira vez que o festival onde foi programado se realiza. Acceso, com Roberto Farías, pode ser visto sexta-feira e sábado, no Escenas do Cambio, na Cidade da Cultura, em Santiago de Compostela, numa espécie de aposta tripla.

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É a primeira vez que o chileno, realizador de No (2012) e Tony Manero (2007), encena um espectáculo de teatro. É a primeira vez que o espectáculo se apresenta na Europa. E é a primeira vez que o festival onde foi programado se realiza. Acceso, com Roberto Farías, pode ser visto sexta-feira e sábado, no Escenas do Cambio, na Cidade da Cultura, em Santiago de Compostela, numa espécie de aposta tripla.

Estreado o ano passado no Teatro La Memoria, em Santiago do Chile, é uma rajada de perguntas contra o público, feitas por Sandokan, vendedor ambulante, vítima de abusos, criado em instituições de apoio. Nos mesmos dias, estreia a versão local de Mis Documentos, concepção de Lola Arias, série de performances em forma de conferência, dadas por criadores galegos, sobre memórias e experiências pessoais. A versão original foi também apresentada. O festival teve início a 4 de fevereiro com Vontade de ter Vontade, de Cláudia Dias, e Atlas, de Ana Borralho e João Galante e encerra na próxima semana, com La Edad de Oro, de Israel Galván, e By Heart, de Tiago Rodrigues.

O Escenas do Cambio mostrou vários espectáculos no cruzamento entre teatro, dança e performance, construídos a partir de documentos e de biografias reais, e ao mesmo tempo em busca da proximidade e participação dos espectadores, como Os Contos de Joselín, de Quico Cadaval, ou Una Introducción, de Olga de Soto, ou ainda Pendiente de Voto, de Roger Bernat, ou De repente fica tudo preto de gente, de Marcelo Evelin, numa amostra representativa das tendências atuais das artes do espectáculo.