Gonçalo Byrne e PROAP vencem concurso para novo bairro em Genebra

Atelier suíço Dupraz lidera importante projecto que começa a construção em 2020.

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O concurso foi lançado em Março de 2013 e candidataram-se onze arquitectos “de renome internacional”, informa o cantão de Genebra em comunicado, visando tornar a Etoile num dos futuros centros populacionais da área metropolitana de Genebra – tanto na vertente de habitação quanto na perspectiva de serviços públicos.

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O concurso foi lançado em Março de 2013 e candidataram-se onze arquitectos “de renome internacional”, informa o cantão de Genebra em comunicado, visando tornar a Etoile num dos futuros centros populacionais da área metropolitana de Genebra – tanto na vertente de habitação quanto na perspectiva de serviços públicos.

É ali que passará a ser o novo Palácio da Justiça de Genebra e ali continuará a Maison Baron, um importante espaço de acolhimento dos programas de intercâmbio e residências para artistas estrangeiros. A eles juntam-se escritórios, lojas, serviços de proximidade, com a habitação a representar apenas um terço da construção programada. “Downtown Geneva – é assim que os mais entusiastas qualificam a Etoile”, relatou o jornal local Tribune de Genève na semana passada, quando da revelação do projecto vencedor, liderado por Dupraz e com a colaboração dos autores das requalificações do Museu Nacional Machado de Castro (Coimbra, Byrne) ou da Ribeira das Naus (Lisboa, PROAP com a Global Arquitectura Paisagista).

A construção deve começar em 2020, indica ainda o cantão. O plano Praille-Acacias-Vernets abarca não só Genebra, mas também as localidades de Lancy e Carouge e versa sobre os bairros de La Praille (Genebra), Acacias (Carouge) e Vernets (Genebra). Lançado na década passada mas só aprovado enquanto plano director nos últimos meses, visa aumentar a densidade populacional e reorganizar uma zona sobretudo industrial mas que está a boas distâncias tanto do centro de Genebra quanto do campo. Previa a construção de nove torres de habitação e escritórios, mas o projecto vencedor diminuiu o número de edifícios com um máximo de 175 metros de altura

Em causa estão 140 hectares de área a requalificar, sendo que o “projecto de excepção” da Etoile, como descreve o cantão suíço, entregue ao arquitecto de Genebra Pierre-Alain Dupraz, a Gonçalo Byrne e a João Nunes, do PROAP, compreenderá meio milhão de m2 de superfície construída, num terreno com área total de 14 hectares, como precisa um comunicado enviado pelos dois ateliers portugueses. “O desafio é transformar” a zona da Etoile “no coração do projecto Praille-Acacias-Vernets”, postula a organização.

Haverá uma praça central, três arranha-céus de um máximo de 175 metros, quatro torres de 75 metros e uma estrutura de conjunto que visa chamar o sector terciário, as lojas e os serviços, para que nasça uma “identidade de bairro, ancorada no quotidiano”, diz ainda o cantão. Por seu turno, os arquitectos portugueses precisam que serão criados “novos quarteirões estruturantes articulados com torres de altura gradual, até a um máximo de 50 pisos”, bem como e “um forte espaço público, compreendendo uma intervenção paisagística de igual relevo”.