Jihadistas marcam execução do piloto jordano para o "pôr do sol"

Autoridades de Amã aceitaram trocar Maaz al-Kassasbeh por jihadista iraquiana, mas continuam a pedir uma prova de vida.

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O jornalista japonês Kenji Gotoe,o piloto jordano Maaz al-Kassasbeh AFP

"A nossa posição, desde o início, é de garantir a segurança e a libertação do nosso piloto para podemos libertar a prisioneira Sajida al-Rishawi", disse o porta-voz do Governo de Amã, Mohammad Al-Momeni. "Pedimos provas em como o piloto Maaz al-Kassasbeh ainda está vivo, mas não recebemos nada até ao momento", disse o porta-voz aos jornalistas pouco antes de um ultimato anterior dos jihadistas terminar, às 14h30.

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"A nossa posição, desde o início, é de garantir a segurança e a libertação do nosso piloto para podemos libertar a prisioneira Sajida al-Rishawi", disse o porta-voz do Governo de Amã, Mohammad Al-Momeni. "Pedimos provas em como o piloto Maaz al-Kassasbeh ainda está vivo, mas não recebemos nada até ao momento", disse o porta-voz aos jornalistas pouco antes de um ultimato anterior dos jihadistas terminar, às 14h30.

O Estado Islâmico propôs libertar o piloto jordano e um refém japonês, Kenji Goto, se a iraquiana for libertada. "Se Sajida Al-Rishawi não estiver pronta para ser trocada, para que a minha vida possa ser poupada, na fronteira turca até ao pôr do sol de quinta-feira, dia 29 de Janeiro, hora de Mossul, o piloto jordano Maaz Kasasbeh será imediatamente executado", diz a transcrição de uma mensagem áudio divulgada pelo grupo jihadista, em que quem fala é o japonês Kenji Goto, jornalista. A morte de outro refém japonês, um empresário, Haruna Yukawa, foi anunciada no sábado.

Sajida al-Rishawi foi condenada à morte na Jordânia por cumplicidade nos atentados que mataram 60 pessoas em Amã em Novembro de 2005.

O piloto jordano foi capturado a 24 de Dezembro, quando o seu caça, que participava nos bombardeamentos da coligação internacional contra as posições do Estado Islâmico na Síria, se despenhou. O grupo, que se autoproclamou um "califado" controla também territórios no Iraque.

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, disse que estão a analisar a autenticidade desta nova mensagem. "Estamos a proceder agora à verificação [da autenticidade da mensagem], mas faremos o nosso melhor para garantir a libertação do cidadão japonês o mais breve possível", disse Abe.