Directora da Segurança Social não foi consultada sobre requalificação dos trabalhadores

Ministro da Segurança Social vai esta terça-feira ao Parlamento a pedido do PS.

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Mota Soares vai hoje ao Parlamento falar sobre requalificação Enric Vives-Rubio

A dirigente, que foi candidata pelo CDS nas eleições europeias e não foi eleita, enviou, como pedido pelos serviços centrais, no Verão passado, um mapa de pessoal necessário para 2015 e a respectiva explicação, mas não recebeu uma contra-proposta. Mesmo depois das primeiras notícias sobre o processo de requalificação em curso levado a cabo pelo Instituto de Segurança Social, Ana Clara Birrento esperou por mais informações por parte do Ministério tutelado por Mota Soares (CDS). Mas nada chegou.

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A dirigente, que foi candidata pelo CDS nas eleições europeias e não foi eleita, enviou, como pedido pelos serviços centrais, no Verão passado, um mapa de pessoal necessário para 2015 e a respectiva explicação, mas não recebeu uma contra-proposta. Mesmo depois das primeiras notícias sobre o processo de requalificação em curso levado a cabo pelo Instituto de Segurança Social, Ana Clara Birrento esperou por mais informações por parte do Ministério tutelado por Mota Soares (CDS). Mas nada chegou.

Aos representantes dos trabalhadores afectados, a dirigente explicou que não tinha conhecimento de aprovação de qualquer mapa. Existiam listas mas não se sabia se tinham a chancela do Conselho Directivo do Instituto da Segurança Social. O processo apenas lhe chega às mãos no dia 12 de Novembro, com mapa aprovado, procedimentos e prazos para cumprir. Dois dias depois de o ministro ter ido ao Parlamento dar explicações sobre o caso.

Este processo de requalificação, que na prática implica que os trabalhadores fiquem em inactividade a receber parte do salário e em alguns casos podem ser dispensados ao fim de um ano, vai causar dificuldades na cooperação com as Instituições Particulares de Solidariedade Social. Ao que o PÚBLICO apurou, o núcleo de respostas sociais corre o risco de ficar com metade da capacidade e o centro de contacto pode encerrar.

Contactada pelo PÚBLICO, Ana Clara Birrento não quis fazer comentários. Também não foi possível obter resposta por parte do Instituto de Segurança Social.