Elogio a Carlos Renato Matos Ferreira

Há pessoas boas que servem discretamente o bem comum, trabalham seriamente, prosseguem causas sem jeito para protagonismo excessivo e, talvez por isso, não temem defender objectivos em que acreditam mas sabem não poder ganhar contra ventos dominantes: foi contra a fusão da Universidade Técnica com a de Lisboa; defendeu que o Técnico ganhasse mais responsabilidade e autonomia adoptando o modelo das fundações universitárias.

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Há pessoas boas que servem discretamente o bem comum, trabalham seriamente, prosseguem causas sem jeito para protagonismo excessivo e, talvez por isso, não temem defender objectivos em que acreditam mas sabem não poder ganhar contra ventos dominantes: foi contra a fusão da Universidade Técnica com a de Lisboa; defendeu que o Técnico ganhasse mais responsabilidade e autonomia adoptando o modelo das fundações universitárias.

Dirigiu a Sociedade Portuguesa de Física. Durante alguns anos coordenou a avaliação internacional das instituições de investigação dessa área, garantindo o que hoje se descobre, com tristeza, nunca estar garantido: que uma avaliação profissional exige respeito e confiança mútuos, e avaliadores verdadeiramente competentes nos domínios científicos a avaliar.

O nome de Carlos Matos Ferreira fica, no mundo académico e científico português, como exemplo íntegro, antigo, de virtudes cívicas.

Éramos colegas e éramos amigos.