O regresso de uma tensão histórica

O abandono, por parte do regime de Kiev, do estatuto de não-alinhado que até aqui tem vindo a caracterizar a Ucrânia já fazia prever o que aí vinha: uma reedição da histórica tensão política e militar entre blocos, transpondo para o século XXI o antagonismo entre os países da NATO e os do Pacto de Varsóvia (a URSS e o antigo bloco comunista do Leste europeu), colocando agora de um lado a NATO e do outro a Rússia. O Presidente russo, Vladimir Putin, aprovou uma nova versão da sua doutrina militar em que a NATO surge como a principal ameaça à segurança nacional. Não é o único fantasma que Moscovo tem pela frente (a instabilidade nos países árabes, com destaque para o Iraque e a Síria, também foi inscrita no rol), mas a perspectiva de ver a Ucrânia entrar para o bloco da NATO é, para a Rússia, o desafio maior. Daí a subida de tom, que terá efectiva correspondência (ainda que a título defensivo) no campo militar.

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O abandono, por parte do regime de Kiev, do estatuto de não-alinhado que até aqui tem vindo a caracterizar a Ucrânia já fazia prever o que aí vinha: uma reedição da histórica tensão política e militar entre blocos, transpondo para o século XXI o antagonismo entre os países da NATO e os do Pacto de Varsóvia (a URSS e o antigo bloco comunista do Leste europeu), colocando agora de um lado a NATO e do outro a Rússia. O Presidente russo, Vladimir Putin, aprovou uma nova versão da sua doutrina militar em que a NATO surge como a principal ameaça à segurança nacional. Não é o único fantasma que Moscovo tem pela frente (a instabilidade nos países árabes, com destaque para o Iraque e a Síria, também foi inscrita no rol), mas a perspectiva de ver a Ucrânia entrar para o bloco da NATO é, para a Rússia, o desafio maior. Daí a subida de tom, que terá efectiva correspondência (ainda que a título defensivo) no campo militar.