Antigo número dois de Hong Kong condenado por corrupção

Raphael Hui recebeu milhões de dólares do presidente de uma das maiores construtoras asiáticas em troca de informação confidencial.

Foto
Raphael Hui foi secretário chefe do governo de Hong Kong Tyrone Siu / Reuters

Foi numa sala de audiências completamente cheia – sintomática da atenção mediática com que o caso foi seguido em Hong Kong e também na China – que os juízes revelaram que o co-presidente da Sun Hung Kai, Thomas Kwok, foi considerado culpado de ter subornado Raphael Hui, que se preparava para assumir o cargo de secretário-chefe do governo local, cargo que desempenhou entre 2005 e 2007.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Foi numa sala de audiências completamente cheia – sintomática da atenção mediática com que o caso foi seguido em Hong Kong e também na China – que os juízes revelaram que o co-presidente da Sun Hung Kai, Thomas Kwok, foi considerado culpado de ter subornado Raphael Hui, que se preparava para assumir o cargo de secretário-chefe do governo local, cargo que desempenhou entre 2005 e 2007.

A sentença vai ser conhecida na segunda-feira e o Financial Times antecipava que deverão ser apresentados argumentos de atenuação pela defesa.

Tudo terá acontecido entre 2005 e 2007, quando Thomas Kwok, um magnata da área da construção, em conjunto com o seu irmão, Raymond, ofereceu luvas no valor de 19,68 milhões de dólares de Hong Kong (dois milhões de euros) a Raphael Hui. Em troca, o político forneceu informação sobre vendas de propriedades. A Sun Hung Kai – que teve a sua actividade bolsista suspensa enquanto o veredicto não foir revelado – é uma das construtoras mais valiosas do mundo.

Para além dos dois irmãos e de Hui, foram presas em Março de 2012 mais duas pessoas com envolvimento no caso. O julgamento de três meses trouxe à luz do dia a promiscuidade entre a classe política e empresarial de Hong Kong, numa altura em que o Presidente chinês, Xi Jinping, conduz uma das maiores campanhas anticorrupção na história do país.