A auditoria da PT SGPS à Rioforte ainda não chegou à CMVM

Auditoria para identificar responsáveis pelos investimentos de 900 milhões de euros foi encomendada em Agosto.

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PT investiu em instrumentos de dívida de empresas do universo GES PÚBLICO/Arquivo

Fonte da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) confirmou esta sexta-feira ao PÚBLICO que o regulador ainda não recebeu o relatório de auditoria encomendado pela PT SGPS em Agosto.

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Fonte da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) confirmou esta sexta-feira ao PÚBLICO que o regulador ainda não recebeu o relatório de auditoria encomendado pela PT SGPS em Agosto.

A CMVM tem em curso uma acção de supervisão às relações financeiras entre o grupo PT e o Grupo Espírito Santo (GES), mas está a aguardar também os resultados da auditoria interna anunciada pela PT SGPS no Verão, no mesmo comunicado em que deu conta da renúncia de Henrique Granadeiro ao cargo de presidente do conselho de administração.

Segundo o comunicado de 7 de Agosto, a auditoria tinha como objectivo “uma análise abrangente de todos os aspectos relevantes relacionados com as aplicações de tesouraria em entidades do GES”.

O PÚBLICO apurou que este trabalho está realizado e que foi apresentado à administração da PT SGPS na última semana de Novembro, embora o seu conteúdo fosse já do conhecimento de alguns elementos do conselho, como João Mello Franco (presidente), Rafael Mora (Ongoing) e Paulo Varela (Visabeira). Contudo, a versão final do documento não estará ainda concluída.

O trabalho deverá permitir avaliar os contornos dos investimentos da empresa na holding não financeira do Grupo Espírito Santo (GES) e o grau de responsabilidade de ex-gestores como Henrique Granadeiro, Luís Pacheco de Melo e Zeinal Bava.

“Nem o CA nem a Comissão Executiva [CE] da PT aprovaram ou discutiram, antes das notícias veiculadas na comunicação social no final de Junho, essas aplicações”, garantiu o comunicado da PT SGPS de Agosto.