A infame tortura do Brasil dos generais

As conclusões do relatório podem ser chocantes mas não surpreenderão ninguém. Nos anos da ditadura militar brasileira, concluíram agora os investigadores da Comissão Nacional da Verdade, centenas de agentes estatais estiveram envolvidos em múltiplos crimes contra os direitos humanos no Brasil, entre 1946 e 1988. Aliás, é curioso que nos relatórios o número de vítimas (434 mortos e desaparecidos) quase ombreie com o dos seus carrascos (377, incluindo os cinco generais que presidiram ao Brasil durante a ditadura militar). A lista de crimes é grande: sequestros, tortura, violações, homicídios, ocultação de cadáveres de opositores. O relatório é um “compêndio de crueldade”, em várias passagens até difícil de ler, disse-se. E Dilma Rousseff até verteu algumas lágrimas ao apresentá-lo. O importante, agora, é que o Brasil saiba tirar lições democráticas deste seu passado infame. Não será fácil, mas é imperioso fazê-lo.

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As conclusões do relatório podem ser chocantes mas não surpreenderão ninguém. Nos anos da ditadura militar brasileira, concluíram agora os investigadores da Comissão Nacional da Verdade, centenas de agentes estatais estiveram envolvidos em múltiplos crimes contra os direitos humanos no Brasil, entre 1946 e 1988. Aliás, é curioso que nos relatórios o número de vítimas (434 mortos e desaparecidos) quase ombreie com o dos seus carrascos (377, incluindo os cinco generais que presidiram ao Brasil durante a ditadura militar). A lista de crimes é grande: sequestros, tortura, violações, homicídios, ocultação de cadáveres de opositores. O relatório é um “compêndio de crueldade”, em várias passagens até difícil de ler, disse-se. E Dilma Rousseff até verteu algumas lágrimas ao apresentá-lo. O importante, agora, é que o Brasil saiba tirar lições democráticas deste seu passado infame. Não será fácil, mas é imperioso fazê-lo.