Amigo de Sócrates é um dos três outros detidos

Procuradoria-Geral da República divulga nomes dos três homens relacionados com o caso que envolve ex-primeiro-ministro e que foram detidos na quinta-feira. Interrogatórios começaram na sexta.

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O interrogatório aos três indivíduos iniciou-se na sexta-feira e foi retomado neste sábado, segundo o comunicado da PGR. O inquérito “teve origem numa comunicação bancária efectuada ao Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) em cumprimento da lei de prevenção e repressão de branqueamento de capitais, Lei n.º 25/2008”, lê-se no comunicado.

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O interrogatório aos três indivíduos iniciou-se na sexta-feira e foi retomado neste sábado, segundo o comunicado da PGR. O inquérito “teve origem numa comunicação bancária efectuada ao Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) em cumprimento da lei de prevenção e repressão de branqueamento de capitais, Lei n.º 25/2008”, lê-se no comunicado.

O inquérito, que está em segredo de justiça, vai investigar operações bancárias, movimentos e transferências de dinheiro “sem justificação conhecida e legalmente admissível”. O comunicado reitera que a investigação é independente de outras operações como Monte Branco ou o Furacão.

Dos três nomes divulgados, Carlos Santos Silva será o mais conhecido. O empresário foi fundador da Conegil na Guarda e controlava 40% do capital da empresa à data da falência, em 2003. Amigo de José Sócrates, o seu nome chegou a ser referido no caso da Cova da Beira, quando António Morais – líder da Conegil, antigo professor de José Sócrates e assessor do ex-ministro Armando Vara –, esteve envolvido num alegado caso de corrupção.

António Morais foi arguido juntamente com mais duas pessoas, e esteve acusado por um alegado favorecimento na adjudicação do aterro sanitário da Associação de Municípios da Cova da Beira. O caso terminou em Março de 2013 com a absolvição dos três arguidos.

Carlos Santos Silva nunca foi arguido no caso. Depois da falência da Conegil, tornou-se administrador do Grupo Lena para a área da comunicação social. Hoje já não pertence ao grupo empresarial. “É falso que haja quaisquer detenções de responsáveis ou colaboradores do Grupo Lena, seja a que título for”, diz um comunicado do Grupo Lena enviado às redacções neste sábado.

Ao contrário do que foi dito, Joaquim Lalanda de Castro, representante da multinacional farmacêutica Octapharma, não faz parte dos detidos.