Putin acusa ucranianos de impedirem acesso ao local da queda do MH17

Não são os rebeldes pró-russos mas sim “a parte adversa que dispara constantemente sobre essa zona”, disse Presidente russo ao primeiro-ministro malaio.

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Putin, com o primeiro-ministro malaio, Najib Razak, e a mulher deste MIKHAIL KLIMENTYEV/AFP

Não são os rebeldes pró-russos mas sim “a parte adversa que dispara constantemente sobre essa zona, o que impede [os peritos internacionais] de trabalharem no lugar da queda”, disse, citado pela agência RIA Novosti, num encontro com o primeiro-ministro malaio, Najib Razak.

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Não são os rebeldes pró-russos mas sim “a parte adversa que dispara constantemente sobre essa zona, o que impede [os peritos internacionais] de trabalharem no lugar da queda”, disse, citado pela agência RIA Novosti, num encontro com o primeiro-ministro malaio, Najib Razak.

A informação de que o território onde o aparelho caiu é controlado por separatistas pró-russos é “totalmente infundada”, afirmou também.

O acesso de investigadores independentes ao local tem sido condicionado pelos combates na zona, apesar do cessar-fogo precário entre as forças ucranianas e os rebeldes acordado em Setembro e que tem sido repetidamente violado.

Putin “saudou [o facto] de os especialistas malaios terem sido finalmente autorizados a participar plenamente no inquérito” sobre o derrube do avião, a 17 de Julho, quando voava de Amesterdão para Kuala Lumpur, e que causou a morte aos 298 ocupantes.

No encontro entre os dois dirigentes, à margem da cimeira do fórum de Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), em Pequim, o Presidente russo repetiu as suas “sinceras condolências aos familiares das vítimas e a todo o povo amigo da Malásia”. No aparelho seguiam 43 malaios. A maior parte das vítimas eram holandesas: 193 pessoas.

Logo após a catástrofe, o Governo ucraniano e os Estados Unidos declararam que o avião foi derrubado por um míssil fornecido aos rebeldes pela Rússia. Moscovo desmentiu e responsabilizou as forças ucranianas pelo abate do aparelho.

Jornalistas da AFP viram nesta segunda-feira carros de combate e canhões não identificados perto do local da queda do avião, e também a caminho de Donetsk, bastião separatista no Leste da Ucrânia – o que aumentou os receios de um recomeço da guerra generalizada.