Ministério prevê buraco de 30 milhões nas contas do SNS para 2015

Previsões da tutela apontam para que 2014 termine com saldo negativo de 272 milhões de euros e que o reforço de 2015 não seja suficiente para um saldo zero.

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Em 2014 as receitas com taxas moderadoras serão mais do dobro do previsto Rui Gaudêncio

As contas de Paulo Macedo, de acordo com o documento, indicam que o SNS irá receber 7883 milhões de euros de transferências directas do Orçamento do Estado, com uma receita total na ordem dos 8600 milhões de euros, mas que não é suficiente para garantir o chamado saldo zero que tem sido orçamentado nos últimos anos, ainda que não cumprido.

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As contas de Paulo Macedo, de acordo com o documento, indicam que o SNS irá receber 7883 milhões de euros de transferências directas do Orçamento do Estado, com uma receita total na ordem dos 8600 milhões de euros, mas que não é suficiente para garantir o chamado saldo zero que tem sido orçamentado nos últimos anos, ainda que não cumprido.

Ao todo, a tutela estima uma despesa de 3485 milhões com os trabalhadores, o que representa uma subida de quase 38 milhões de euros em relação a 2014. Em sentido contrário vão as despesas com medicamentos, que devem cair 50 milhões de euros para 1184 milhões, e com meios complementares de diagnóstico e terapêutica, que contarão com menos 13 milhões de euros. Percentualmente, um dos maiores cortes vai para o transporte de doentes, que em 2014 contou com 56 milhões de euros e que para o ano terá uma redução de três milhões de euros, o que corresponde a menos 5,4%.

Já no campo das receitas, as taxas moderadoras vão render 181,7 milhões de euros, o que representa uma ligeira redução em relação a este ano, em que Paulo Macedo estima arrecadar 183,4 milhões (um valor bastante superior aos 83 milhões que estavam inscritos na proposta inicial para 2014).