Manuel Alegre pede a António Costa que liberte Portugal dos constrangimentos do Tratado Orçamental

PS tem de dialogar com o PCP mesmo que os comunistas não queiram, defende o antigo candidato presidencial.

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Manuel Alegre considera a eventual concessão da RTP a privados inconstitucional Foto: Nuno Ferreira Santos

A necessidade de Costa assumir posições sobre questões essenciais é um dos motes da entrevista. E, neste campo, estão a renegociação da dívida, o fim do “constrangimento do Tratado Orçamental”, um pacto para a defesa do Estado social e outra atitude face à Europa. “Acho que o António Costa tem de procurar alianças onde elas são possíveis, com os países do Sul independentemente de quem estiver no governo nesses países”, afirma Manuel Alegre.

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A necessidade de Costa assumir posições sobre questões essenciais é um dos motes da entrevista. E, neste campo, estão a renegociação da dívida, o fim do “constrangimento do Tratado Orçamental”, um pacto para a defesa do Estado social e outra atitude face à Europa. “Acho que o António Costa tem de procurar alianças onde elas são possíveis, com os países do Sul independentemente de quem estiver no governo nesses países”, afirma Manuel Alegre.

“É preciso estabelecer uma nova relação de forças na Europa”, salienta. Considerando que o autarca de Lisboa “é uma pessoa realista, moderada, com bom senso”, Alegre defende uma atitude radical na Europa.

Quanto às políticas de alianças do PS, embora pugne pela conquista de uma maioria absoluta nas próximas legislativas, o antigo candidato presidencial defende um diálogo à esquerda: “O PS tem de dialogar com o PCP mesmo que o PCP não queira e com o Bloco de Esquerda também”. O que, admite, supõe um debate ideológico em torno da defesa do crescimento económico, do serviço nacional de saúde e da escola pública.