Mudam-se os nomes, mantém-se o drama

As imagens repetem-se, mês após mês: homens encavalitados como pássaros no cimo de altas redes de segurança à espera do momento de saltarem ou de serem capturados pela polícia. Numa das fotografias, talvez a mais extraordinária, duas mulheres jogam golfe bem perto da cerca onde dezenas de imigrantes africanos se empoleiram. Isto é o que se passa em Melilla, Espanha, e por isso a União Europeia aponta o dedo ao Governo de Madrid e fala em “maus tratos”. Já em Itália, os esforços têm sido mais “humanitários”, procurando, através de operações de salvamento, evitar que o Mediterrâneo seja um cemitério para os migrantes que nele têm a miragem de uma salvação. Os sérios avisos do Papa Francisco, em 2013, levaram à operação Mare Nostrum, agora substituída pela operação Tritão. Porém, se os nomes mudam, o drama mantém-se: na origem, onde mil causas convidam ao êxodo; e no destino, a cada vez mais defensiva Europa.

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As imagens repetem-se, mês após mês: homens encavalitados como pássaros no cimo de altas redes de segurança à espera do momento de saltarem ou de serem capturados pela polícia. Numa das fotografias, talvez a mais extraordinária, duas mulheres jogam golfe bem perto da cerca onde dezenas de imigrantes africanos se empoleiram. Isto é o que se passa em Melilla, Espanha, e por isso a União Europeia aponta o dedo ao Governo de Madrid e fala em “maus tratos”. Já em Itália, os esforços têm sido mais “humanitários”, procurando, através de operações de salvamento, evitar que o Mediterrâneo seja um cemitério para os migrantes que nele têm a miragem de uma salvação. Os sérios avisos do Papa Francisco, em 2013, levaram à operação Mare Nostrum, agora substituída pela operação Tritão. Porém, se os nomes mudam, o drama mantém-se: na origem, onde mil causas convidam ao êxodo; e no destino, a cada vez mais defensiva Europa.