Resultado trimestral da BP diminui 19% no terceiro trimestre

Desvalorização do rublo face ao dólar e descida dos preços do petróleo pesam nos resultados da terceira maior petrolífera europeia.

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Indemnizações pelo derrame no Golfo do México poderão chegar aos 63 mil milhões de euros REUTERS/Toby Melville

A exposição à Rússia num momento de tensão entre este país e a União Europeia devido ao conflito na Ucrânia é mais uma nuvem a pairar sobre os resultados futuros da terceira maior petrolífera europeia, que poderá ser indirectamente afectada pelas sanções aplicadas a Moscovo.

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A exposição à Rússia num momento de tensão entre este país e a União Europeia devido ao conflito na Ucrânia é mais uma nuvem a pairar sobre os resultados futuros da terceira maior petrolífera europeia, que poderá ser indirectamente afectada pelas sanções aplicadas a Moscovo.

Outra são as indemnizações decorrentes do derrame de petróleo no Golfo do México. A BP foi acusada no mês passado de negligência grosseira pelo desastre ocorrido em 2010 e planeia vender mais activos para fazer face a indemnizações que se estima poderem vir a atingir 50 mil milhões de dólares (cerca de 63 mil milhões de euros), noticia a Bloomberg.

Durante o terceiro trimestre a empresa pagou mais 314 milhões de dólares (247 milhões de euros) de indemnizações pelo derrame, elevando o total desembolsado até agora para 20 mil milhões de libras (15,7 mil milhões de euros).

Apesar da quebra nos resultados, o presidente executivo da empresa, Bob Dudley está convicto que a BP será capaz de cumprir as metas para 2014. “O bom desempenho dos negócios de produção de petróleo e gás e de refinação ajudaram a gerar cash-flow operacional no terceiro trimestre, apesar da descida dos preços do petróleo. Isto vai ajudar-nos a cumprir as metas”, disse.

A Royal Dutch Shell, maior petrolífera europeia em valor de mercado, apresenta resultados na quinta-feira, e a Total, segunda maior da Europa, na quarta.