Três dias para descobrir a literatura alemã

Encontros Transliterata juntam seis escritores entre Lisboa, Coimbra e Porto.

Foto
O mais recente romance de David Wagner, Leben, é profundamente autobiográfico

Monika Maron e Katja Lange-Müller, por exemplo, cresceram na Alemanha de Leste: a primeira, cujo pai chegou a ser ministro do Interior da República Democrática Alemã (RDA), lida até hoje com temas como o passado, a memória e o isolamento; a segunda, filha de uma funcionária do Partido Comunista da RDA, foi expulsa da escola aos 17 anos por "comportamento não-comunista" e vigiada durante anos pela Stasi, a polícia política do regime. A política é, no entanto, um assunto transversal, que os autores nascidos do lado de cá da Cortina de Ferro também abordam: é o caso de Ulrich Peltzer, cuja obra retoma insistentemente o Maio de 68. Mais autobiográfico, o último romance de David Wagner, Leben, deixa-se contaminar pelas circunstâncias muito pessoais do autor, que durante anos sofreu de doença hepática crónica e foi recentemente sujeito a um transplante de fígado. Já Kristof Magnusson e Nora Bossong, os mais jovens escritores deste painel, reflectem sobretudo acerca do impacto da crise financeira mundial nas vidas deste início de século.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Monika Maron e Katja Lange-Müller, por exemplo, cresceram na Alemanha de Leste: a primeira, cujo pai chegou a ser ministro do Interior da República Democrática Alemã (RDA), lida até hoje com temas como o passado, a memória e o isolamento; a segunda, filha de uma funcionária do Partido Comunista da RDA, foi expulsa da escola aos 17 anos por "comportamento não-comunista" e vigiada durante anos pela Stasi, a polícia política do regime. A política é, no entanto, um assunto transversal, que os autores nascidos do lado de cá da Cortina de Ferro também abordam: é o caso de Ulrich Peltzer, cuja obra retoma insistentemente o Maio de 68. Mais autobiográfico, o último romance de David Wagner, Leben, deixa-se contaminar pelas circunstâncias muito pessoais do autor, que durante anos sofreu de doença hepática crónica e foi recentemente sujeito a um transplante de fígado. Já Kristof Magnusson e Nora Bossong, os mais jovens escritores deste painel, reflectem sobretudo acerca do impacto da crise financeira mundial nas vidas deste início de século.

Ao longo de três dias, as obras destes seis escritores estarão no centro de uma agenda de debates, apresentações e leituras, com moderação dos jornalistas Carlos Vaz Marques e Eduardo Jorge Madureira.