PS quer esclarecimentos do Governo sobre participação na coligação contra Estado Islâmico

Comissão parlamentar de Defesa vai pedir explicações adicionais a José Pedro Aguiar-Branco sobre o apoio português à coligação internacional.

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Os deputados socialistas consideram escassas as explicações dadas pelo ministro na sua última presença na comissão parlamentar de Defesa. Nuno Ferreira Santos

O deputado do PS Marcos Perestrello afirmou que o ministro da Defesa Nacional "não foi claro na resposta" que deu na última reunião da comissão parlamentar em que foi questionado sobre o tema, no dia 24 de Setembro. "Ficámos sem perceber o que Portugal vai fazer", disse o deputado, sugerindo ao presidente da comissão, o social-democrata Matos Correia, que solicite ao ministro da Defesa que envie, mesmo por escrito, alguma informação sobre a matéria.

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O deputado do PS Marcos Perestrello afirmou que o ministro da Defesa Nacional "não foi claro na resposta" que deu na última reunião da comissão parlamentar em que foi questionado sobre o tema, no dia 24 de Setembro. "Ficámos sem perceber o que Portugal vai fazer", disse o deputado, sugerindo ao presidente da comissão, o social-democrata Matos Correia, que solicite ao ministro da Defesa que envie, mesmo por escrito, alguma informação sobre a matéria.

Em declarações aos jornalistas, no final de uma audição na comissão de Defesa, no passado dia 24 de Setembro, Aguiar-Branco disse que no âmbito da chamada "coligação internacional que agrega vários países, entre os quais também Portugal", está a ser avaliada "de que forma pode haver missões e acções que levem ao objectivo de aniquilar o terrorismo associado ao grupo ISIS".

"Está a ser avaliado no âmbito da coligação e também ao nível das Nações Unidas. Podem ser de natureza humanitária, logística", disse, acrescentando que essas possibilidades estão "em cima da mesa para serem avaliadas por Portugal".

Questionado pela Lusa na passada semana, o governante afirmou que a forma como Portugal vai participar na coligação internacional contra o Estado Islâmico ainda está a ser avaliada. "Portugal tem várias hipóteses, de cariz humanitário, de cariz logístico, de treino e formação, com ou sem a lógica de intervenção militar, essa é uma matéria que ainda está a ser objecto de avaliação", reiterou.