Jerónimo diz que PS "parece que lavou a cara" mas é incapaz da "ruptura e mudança"

"Aquilo que o PS faz é avançar coisa nenhuma para além do debate. É paradigmático neste PS, que parece que lavou a cara, mas em termos de essência da política e problemas nacionais continua a não avançar proposta alguma de ruptura, de mudança, de posicionamento claro, particularmente em relação a esse condicionamento que hoje existe na sociedade portuguesa que é o grau e serviço da dívida", afirmou Jerónimo de Sousa, após um encontro com a Confederação Nacional Agricultura (CNA), na sede comunista, em Lisboa.

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"Aquilo que o PS faz é avançar coisa nenhuma para além do debate. É paradigmático neste PS, que parece que lavou a cara, mas em termos de essência da política e problemas nacionais continua a não avançar proposta alguma de ruptura, de mudança, de posicionamento claro, particularmente em relação a esse condicionamento que hoje existe na sociedade portuguesa que é o grau e serviço da dívida", afirmou Jerónimo de Sousa, após um encontro com a Confederação Nacional Agricultura (CNA), na sede comunista, em Lisboa.

Para o líder do PCP, "a posição e o conteúdo da proposta do PS, no essencial, já foi avançada há dois meses pela própria ministra das Finanças, disponível para debater".

Os socialistas apresentaram um projecto de resolução para "desencadear um processo parlamentar de audição pública" para identificar soluções para "o problema do endividamento", sem nunca falar em reestruturação ou renegociação da dívida pública. As propostas do PCP, BE e a petição resultante do "Manifesto dos 74", que visa a reestruturação da dívida e que recolheu mais de 36.000 assinaturas, vão também ser discutidas na quarta-feira no parlamento.

"Hoje a situação, o grau e serviço da dívida, não é uma questão de dizer 'não pagamos'. O grande problema é que, qualquer dia, não podemos pagar, não temos condições. Pressupõe uma renegociação conforme o PCP apresentou. Achamos interessante que haja o envolvimento de entidades, instituições, na discussão do problema, mas apontando o caminho", defendeu Jerónimo de Sousa.

O secretário-geral comunista antecipou que "o debate demonstrará que, mais uma vez, o PS quer, tem ambições de poder, mas não é capaz de avançar com uma linha de ruptura e mudança de que Portugal tanto precisa".