PCP lamenta que Governo permita desvalorização da PT até ao "preço da uva mijona"

Foto
Jerónimo ameaça com "resposta democrática". Manifestação da CGTP já estava marcada para sábado Miguel Dantas

"Considerando a posição do Governo - de que é uma questão privada, como em relação ao BES [Banco Espírito Santo] e à banca comercial, e de não assumir que é uma questão e um imperativo nacional -, [é necessário] uma intervenção que defendesse este património, impedindo a sua destruição paulatina. Estamos a assistir a uma destruição da PT para, mais tarde, ser comprada ao preço da uva mijona - passe o termo popular -, perdendo nós uma alavanca fundamental para o nosso desenvolvimento", disse Jerónima de Sousa, à margem de uma reunião com a Confederação Nacional Agricultura (CNA), na sede lisboeta do PCP.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

"Considerando a posição do Governo - de que é uma questão privada, como em relação ao BES [Banco Espírito Santo] e à banca comercial, e de não assumir que é uma questão e um imperativo nacional -, [é necessário] uma intervenção que defendesse este património, impedindo a sua destruição paulatina. Estamos a assistir a uma destruição da PT para, mais tarde, ser comprada ao preço da uva mijona - passe o termo popular -, perdendo nós uma alavanca fundamental para o nosso desenvolvimento", disse Jerónima de Sousa, à margem de uma reunião com a Confederação Nacional Agricultura (CNA), na sede lisboeta do PCP.

As acções da PT – Portugal Telecom estavam a desvalorizar quase 9% cerca das 09:00 de hoje, valendo menos de um euro (0,99 cêntimos), depois de terem registado uma queda de 10,05% no encerramento da sessão de segunda-feira da Bolsa. Na segunda-feira, as acções chegaram a estar em desvalorização de 28,75% e a cotar a 0,865 euros, o valor mais baixo de sempre.

"Consideramos que é inaceitável que o Governo se ponha à distância, a assistir à destruição desta importante unidade produtiva", afirmou Jerónimo de Sousa.

Para o secretário-geral comunista, trata-se de "uma questão nacional, uma empresa estratégica, que tinha um lugar na economia e que, resultante deste processo de privatizações, corre o risco de ficar como um segmento residual nas mãos de uma qualquer multinacional em que se ameaça mesmo milhares de postos de trabalho".