Director escolar demite-se devido a instabilidade na colocação de professores

Felix Bolaños dirige há 10 anos Agrupamento de Escolas da Apelação, Loures, classificado como Território Educativo de Intervenção Prioritária.

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Professores no estrangeiro estão dispostos a fazer uma nova greve. Enric Vives Rubio

“A confusão na colocação de professores não é só deste ano, verifica-se há vários anos e esse factor impede a melhoria dos resultados escolares”, justificou Felix Bolaños, que dirige há 10 anos aquele agrupamento, classificado como Território Educativo de Intervenção Prioritária (TEIP).

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“A confusão na colocação de professores não é só deste ano, verifica-se há vários anos e esse factor impede a melhoria dos resultados escolares”, justificou Felix Bolaños, que dirige há 10 anos aquele agrupamento, classificado como Território Educativo de Intervenção Prioritária (TEIP).

O director aguarda ainda pela resposta da tutela, após o que tenciona fazer uma carta aberta à comunidade educativa para explicar os motivos da decisão.

“Uma das minhas batalhas sempre foi a estabilidade dos professores”, referiu, indicando tratar-se de uma das escolas mais complicadas do país, a braços com problemas de violência e insucesso quando assumiu a direcção.

O ano lectivo começou há mais de um mês e ainda faltam cinco professores no agrupamento, com cerca de 400 alunos, do pré-escolar ao 9.º ano.

No início das aulas, faltavam 13 docentes, num universo de profissionais que deveriam estar na escola em Setembro.

“Em certa altura conseguimos estabilizar os professores e aí os resultados melhoraram e diminuiu a indisciplina, até recebemos um prémio, mas de há três anos para cá a instabilidade no corpo docente não permite atingir esses objectivos”, defendeu.