Vereador do CDS-PP quer que Costa esclareça futuro na câmara de Lisboa

Presidente da autarquia irá escolher entre três cenários: manter-se na câmara, sair e ser substituído pelo seu vice (Fernando Medina) ou pedir eleições antecipadas.

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A Câmara de Lisboa foi alvo de 158 das 930 queixas dirigidas contra a totalidade das autarquias do país enric vives rubio

"Temos três cenários pela frente: um em que o presidente se mantém na câmara, um em que sai e se faz substituir pelo vice-presidente [Fernando Medina] e um terceiro que é de eleições intercalares", disse João Gonçalves Pereira à agência Lusa, na sequência da vitória de António Costa nas primárias do PS, realizadas no domingo, e que ditaram a demissão de António José Seguro da liderança dos socialistas.

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"Temos três cenários pela frente: um em que o presidente se mantém na câmara, um em que sai e se faz substituir pelo vice-presidente [Fernando Medina] e um terceiro que é de eleições intercalares", disse João Gonçalves Pereira à agência Lusa, na sequência da vitória de António Costa nas primárias do PS, realizadas no domingo, e que ditaram a demissão de António José Seguro da liderança dos socialistas.

Perante estas possibilidades, o vereador centrista tem "esperança que nos próximos dias" António Costa faça um "esclarecimento devido aos lisboetas". "Não quero acreditar que o dr. António Costa vá remeter a questão para depois do congresso" socialista, que ainda não tem data marcada, acrescentou.

João Gonçalves Pereira assinalou também que "o que os lisboetas notaram nos últimos quatro meses foi um presidente a meio tempo, mas tratou-se de um período excepcional", sendo que "outra coisa é perpetuar-se a meio tempo até às eleições legislativas do próximo ano".

Relativamente àquela que seria, a seu ver, a melhor opção, o autarca afirmou apenas que, "sob ponto de vista político, é possível que o senhor presidente seja secretário-geral e presidente da câmara", lembrando que "já houve várias situações idênticas". Porém, "não me parece que tenha muito tempo", defendeu.

Em 2011, numa altura em que se discutia a sucessão de José Sócrates à frente do partido, António Costa explicou que não entrava na corrida por não ser "possível acumular a liderança do PS e a presidência da Câmara de Lisboa".

Questionado em Junho deste ano pela agência Lusa relativamente à mudança de posição sobre a possibilidade de assumir a liderança do PS e manter-se à frente da autarquia, António Costa disse que "as circunstâncias são hoje diferentes, como toda a gente sabe, e portanto há outras condições diferentes". No sábado, ao Diário de Notícias, o presidente da Câmara de Lisboa indicou que a ocasião em que deixará a autarquia será determinada "no momento próprio".